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quinta-feira, 31 de julho de 2014

Preferencial em Curitiba

No início do ano de dois mil e oito mudei de uma pequena cidade da região de Baurú no interior do estado de São Paulo para a região metropolitana de Curitiba. Até então não havia cogitado esta possibilidade. Na pequena cidade, o trânsito era bem tranquilo, pessoas gentis dividiam os espaços de maneira civilizada, nos cruzamentos vez ou outra rolava até um cumprimento. Já na grande Curitiba... a coisa tem ficado cada vez mais perigosa. Tempos atrás um certo deputado estadual em seu "possante" atropelou um carro com dois jovens que fatalmente perderam suas vidas. Um cidadão "estressado" arrebentou o carro do outro a pauladas após uma discussão de trânsito. Pessoas irritadas até tiros disparam, quando deveriam chamar a polícia, ou acertar de maneira civilizada. Motoristas apressados ultrapassam pela direita, acostamentos, faixas de pedestres e por ai vai. Sinalização tem sido alegoria, carros dos mais sofisticados com motoristas mais imprudentes ainda, causa-me espanto! Chego a pensar que tais carros são vendidos com descontos expressivos aos que se acham "donos da cidade" no pretexto de não fazer uso da sinalização. Caminhões disputam vagas com os veículos menores, pois a tal linha verde "rápida" que cruza a cidade e que deveria desviar o tráfego pesado da região central, agora saturada penaliza aqueles que nela trafegam em horários de pico. Vai entender... papagaios!

quinta-feira, 24 de julho de 2014

Tenho mais medo do veneno das pessoas ao das mais temidas serpentes

Tenho mais medo do veneno das pessoas ao das mais temidas serpentes. Vivemos numa época em que a conquista por um espaço tem sido uma constante na vida de muitos, seja no trabalho, no colégio, na faculdade, no núcleo de amizades. Pais incentivam filhos a serem os melhores na escola, no campinho de futebol, no ginásio poliesportivo, seja menino ou menina em qualquer das competições. A vida é uma competição. Diante desta realidade destacam-se os competentes, os inteligentes, os atraentes e quando não os trapaceiros. É, isto mesmo, os trapaceiros também se destacam até um certo ponto, e são destes que temo mais que as serpentes. Certa vez ouvi alguém dizer que serpentes atacam quando sentem-se ameaçadas, quando não passam de reto. Gente trapaceira é imprevisível, tem sempre uma doze de veneno à tira-colo, sempre disposta a tudo, a qualquer preço quer vantagem. No pretexto da conquista usam de subterfúgios, artimanhas, argumentos dos mais variados, na sutileza incomum denigrem "imagens públicas" destroem vidas, derrubam postos, substituem cargos, usurpam. Destas sim, mantenho distância.

domingo, 2 de fevereiro de 2014

Quem sou eu?

Quem sou eu?
Sou aquele que inúmeras vezes viu alguém à beira do caminho, ferido, necessitado, faminto, e de largo passei.
Quem sou eu?
Sou aquele que passava no farol vendo aquele garoto desnutrido, mal vestido, cabelos descuidados, fechei o vidro do carro.
Quem sou eu?
Sou aquele que via imagens de desabrigados vitimados por alguma catástrofe, trocava de canal a tv.
Quem sou eu?
Sou aquele que batia ao peito cheio de orgulho dizendo jamais voltar uma palavra.
Quem sou eu?
Sou aquele que ficava bravo ao ver minha mãe me acertar os passos.
Quem sou eu?
Sou aquele impensadamente proferia palavras que machucavam meu próximo, meu semelhante.
Quem sou eu?
Sou aquele homem cheio de falhas e que mesmo assim Jesus aceitou o desafio de transformar em uma nova criatura.
E agora a cada dia me coloco como ferro ao fogo a ser moldado pelo artífice, como barro nas mãos do oleiro, pois ainda tenho falhas que Jesus preferiu não arrancá-las, mas me mostrar o caminho para que também eu possa fazer parte desta mudança. Possa ser mudado e promover mudanças em outras vidas. Aquele que procura ouvir a voz do Mestre em meio ao barulho de máquinas e pedras em forma de selva e que abrigam gente apressada.
Quem sou eu?
Gente igual a você, que pede perdão igual a você, que libera perdão igual a você, que não desiste de amar ainda que ignorado por gente igual a você acredita no poder de Deus. Sou aquele buscado por Jesus igual a você, amado igual a você, convidado a se fazer presente à mesa do Rei igual a você.