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quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Opções requerem responsabilidades

No decorrer do mês de fevereiro de 2013, a nação brasileira foi surpreendida por três noticiários veiculados nas várias esferas de comunicação. Não pretendo fazer apologia a nenhum deles, nem tanto é minha pretensão desmerecer os demais. Apenas gostaria de refletir sobre questões que considero comuns entre elas: opção, responsabilidade e consequência. A primeira grande notícia, material de discussão entre vários críticos e profissionais da área de segurança, remete-nos para a tragédia de Santa Maria, onde dezenas de jovens de diversas classes sociais, estudantes ou não, casados ou não, filhos em sua maioria expressiva e pais em pequeno número, optaram por uma noite de diversão em uma casa noturna. De um lado os jovens disputando espaço, alterando suas agendas, convidando o maior número de pessoas possíveis a fazer parte de tal evento, do outro empresários felizes pela superlotação da casa noturna na expectativa de verem seus cofres engordados a ponto de ter um lucro expressivo destacando-se dos outros estabelecimentos. Jovens confiantes de que tudo daria certo, não se preocuparam com o quesito segurança. Empresários confiantes de que tudo daria certo relaxaram-se no quesito responsabilidade. A consequência foi catastrófica, onde várias dezenas de vidas, sonhos e projetos foram interrompidos bruscamente. Por outro nos deixou pasmos com a ideia de que tal acidente tenha servido de alerta para o formato de concessão e fiscalização de licenças para estes fins, faz-nos pensar que a segurança básica necessária era algo secundário em detrimento da diversão. O líder máximo na hierarquia da Igreja Católica, abre sua agenda e resolve optar pela renúncia ao cargo. Papa Bento XVI, homem culto, teólogo referenciado no meio, consulta suas capacidades físicas, intelectuais e espirituais, entendendo que sua trajetória de Sumo Pontífice deva ser interrompida, dando lugar a outro também eleito por Deus. Faz-nos refletir sobre o tamanho da responsabilidade em representar uma Igreja diante de seus dogmas ou ainda da interpretações de tais por homens incumbidos de defendê-los. Nota-se também uma questão política e social diante da religiosidade de uma organização. É possível que Bento XVI não tenha tido apoio necessário para manter sua postura diante de algumas questões discutidas na virada do milênio a exemplo dos contraceptivos, celibato entre outros. A consequência da inércia de uma organização que até meados do século XX preferiu não discutir tais mudanças foi que com a evolução tecnológica de informações jornalísticas, os fieis passaram a ser convidados para a discussão de se manter padres, diga-se de passagem em minoria, com comportamentos distorcidos do que reza a norma. Uma médica funcionária de uma instituição de saúde relevante em um dos estados da federação, no que se imagina uso legal de seus conhecimentos, envolve-se no escândalo ético moral da medicina, sendo responsabilizada por vários óbitos, após meses de investigação segundo as autoridades locais. Várias discussões em torno do assunto, levam-nos a refletir da omissão das autoridades privadas e públicas no que tange ao cuidado da saúde de um povo que obrigatoriamente cumpre com o pagamento de impostos que tomam expressivamente o que representa meses de trabalho. Segundo o que diz a mídia, tal médica fazia valer em suas análises opções pela vida e morte de pacientes terminais ou não em detrimento da fila do SUS. É totalmente perceptível que o sistema encontra-se decadente rumo a falência múltipla de suas esferas fiscalizadoras, permitindo com que parte expressiva da verba orçada para tal finalidade seja desviada para outros fins políticos ou até mesmo de ordem pessoal de uma minoria privilegiada de administradores do dinheiro público. É certo que algumas notícias são veiculadas de forma enfática, convidando um povo esperançoso e trabalhador a refletir sobre questões que se cumpridas à regra, economizaria tempo para novas discussões que considero relevantes para o bem de uma nação, a exemplo de educação, saúde e erradicação da pobreza. Questões que envolvem análise ética, moral, política, social e segurança pública, muitas vezes são deixadas para um segundo plano ainda que na esfera do lazer, religião e saúde. Considerando tais notícias recorro ao que tenho aprendido no caminhar em aprendizado da Palavra de Deus. Se fizermos o que Jesus Cristo nos ensina, a Igreja prevalecerá diante das portas do inferno, seremos melhores profissionais nas diversas áreas que o próprio Deus nos permite capacitação e consequentemente nossa diversão será em ter um mundo melhor, enquanto por aqui estivermos.

domingo, 24 de fevereiro de 2013

Fome: quem passou tem medo

Era mês de março do ano de 1987, logo depois do carnaval daquele ano minha mãe foi hospitalizada para tratar de fortes dores resultado de pedras na vesícula. Resolvi interromper minha carreira profissional em uma companhia de pavimentação que havia me transferido de uma obra na cidade de Guaraí-TO para Custódia-PE poucos meses antes. Afinal, copiando o dito popular "mãe de sangue só tem uma" fiquei apavorado ao saber de seu estado de saúde, atravessei quatro estados da federação para vê-la. Naquela época pensei: vai que que Deus a promove para o andar lá de cima, eu eu fico como? (rsrs) Pois bem, após constatar que minha mãe estava sendo muito bem cuidada por uma prima minha que morava na Jardim Caiçara, resolvi viajar de Goiânia-GO a Guaraí-TO (ainda pertencente a Goiás naquela época), mas vejam só o problema ou como diria o dito popular "pepino" minha grana estava bem curtinha, pra falar a verdade tinha quase nada mesmo. Ao chegar na Rodoviária percebi que minha grana dava para uma passagem de Goiânia a Anápolis, não pensei duas vezes, comprei e embarquei, oh viagem rápida! Mal entrei no ônibus pouco depois estava desembarcado... com o dinheiro que sobrara comprei alguns bolinhos, era madrugada fria resolvi aguardar o dia nascer. Enquanto aguardava conversei com algumas pessoas, encontrei alguém em situação de "quebradeira" dureza de bolso igual a minha, resolvemos investir numa caminhada rumo ao norte de Goias. Enquanto andávamos, conseguíamos algumas rápidas caronas que logo nos devolviam à estrada. No segundo dia de viagem meu colega ficou em Santa Tereza onde teria uma promessa de emprego em um posto de gasolina da região. Eu continuei a viagem, acabaram-se os bolinhos, passei a me alimentar de frutas nativas e água que pudesse alcançar à beira da estrada, às noites dormia nos postos de gasolina. Com os pés cansados e uma fome que insistia em ser minha companheira de viagem, considerando o fato de minha timidez em pedir alimento, pedia sim trabalho para conquistar dinheiro e terminar a viagem dignamente, entretanto, ouvi quase sempre a negativa, até entendo que boa parte se dava ao medo da outra parte, que mesmo vendo minha carteira de trabalho em mãos talvez não se sentissem inseguras as pessoas a quem me dirigia pedindo este tipo de socorro, aliás muito se vê por aí quem pede dinheiro descaradamente até mesmo com motivação estranha e que nos intriga. Cheguei no sexto dia, em uma fazenda à beira da estrada próximo à cidade de Alvorada, notei que os trabalhadores estavam fazendo um "roçado" limpando uma área de matas para futuro plantio, resolvi pedir ajuda, insisti em que me deixassem roçar também, mesmo não sendo eu um habilidoso, sem nenhuma experiência no assunto, queria fazer algumas diárias e conseguir dinheiro para seguir adiante. Era próximo do meio-dia, senti um cheiro gostoso de comida. Ah que cheiro gostoso! Para minha surpresa fui convidado a almoçar, foi a primeira vez que alguém se importou em me dar alimento durante aquela caminhada. Sentei à mesa daquele rancho simples, olhei em volta percebi amor, amor Cristão mesmo. Estavam ali pouco mais de seis pessoas entre adultos e adolescentes. Aquela senhora de idade jovem serviu-me um prato de comida simples (arroz, feijão e carne), e eu até que tentei mas não conseguia comer, minha garganta parecia ter-se fechado. Meus olhos se encheram de lágrimas, comecei a chorar discretamente, mas aquelas pessoas sensíveis à minha história também me copiaram no ato de chorar. Aquela jovem senhora certamente deveria ser esposa do mais velho da turma, pegou meu prato de volta e educadamente me perguntou: a quanto você não come um prato de comida? Respondi: estou hoje no sexto dia. Foi ai que ela incrementou aquele prato com bastante caldo. Consegui comer. Agradeci imensamente àqueles humildes trabalhadores que me acolheram por pouco mais que duas horas de seu precioso tempo, pude notar neles ao amor cristão, me devolvendo dignidade do alimento e doando um pouco do que tinham para que eu chegasse ao meu destino. Enquanto andava pela estrada durante aqueles sete dias de peregrinação, mas caminhava que conseguia carona, refleti sobre quantas pessoas andam por ai, e quando passamos por elas muitas vezes não lhes prestamos sequer um olhar atencioso, sentimos medo! Chegamos em nossos lares, encontramos comida mesmo que simples, cama mesmo que simples, teto mesmo que simples. Ao passo que estas pessoas peregrinando também tem seus medos e o principal deles: medo da fome. Precisamos olhar para as pessoas desabrigadas, sem teto, andarilhas, peregrinas com amor cristão, pois quanto a fome só tem medo quem já passou por ela ou ainda convive com ela diante das limitações muitas vezes consequência dos próprios atos, outras de desprezo de familiares. Que Deus tenha misericórdia de nossas vidas!

sábado, 23 de fevereiro de 2013

Quanto é três vezes sete?

Nasci meio que de passagem numa cidade do estado de Goiás, passados alguns "poucos" anos, minha mãe resolveu mudar para o interior do estado de Pará. Lembro-me que fomos morar num vilarejo de nome Santo Antonio por volta dos anos setenta, minha mãe foi contratada como educadora, encarregada de alfabetizar e formar turmas primárias, ou seja, considerando a normativa ou nomenclatura de ensino de hoje, a formação primária daquela época se dava até a quarta série, na sequência vinha o "ginásio" concluindo o primeiro grau equivalente ao ensino fundamental. Lembro-me também que a Secretaria de Educação do município ao qual o vilarejo pertencia, não defendia alfabetização de menores com data inferior a sete anos, talvez pela precariedade de ferramentas interativas. A professora lecionava em sala mista, formato em que todas as crianças estudavam juntas, entretanto separadas em lotes de série. Sistematicamente havia pelo menos um dia da semana separado para o tomar da lição, ou seja uma provinha oral. Desde pequeno me interessei por matemática e mesmo não podendo estudar junto com os demais, dada a minha idade inferior, aprendi a fazer contas ouvindo do lado de fora da sala. Ao perceber minha habilidade em aprender as operações matemáticas, minha mãe passou a me proibir de ficar ao lado de fora da sala me intimando a ficar em casa mesmo. Mas eu sempre interessado, teimoso e com energia de sobra (rsrs) dava um jeitinho de fugir do castigo da "sargentona" e logo que ela saia, após meu cumprimento das tarefas do lar, ia brincar ao lado da escola e próximo à sala de aula que minha mãe lecionava. Certo dia foi muito engraçado, percebi que estavam os alunos em volta da mesa da professora que investia em uma provinha oral, testando o conhecimento dos alunos chamava-os pelo nome e dirigia a pergunta. Lá pelas tantas ouvi: QUANTO É TRÊS VEZES SETE? eu eu do lado de fora me atrevi: VINTE E UM!! Foi aquela correria... minha mãe correu para o lado de fora da sala e me chamou pelo nome e sobrenome... quando isto acontecia eu sabia que o caso era grave, corri, corri, "corri mas que as penas". Resultado, quando entrei em sala de aula para ser alfabetizado, já sabia muita coisa. Tempos bons, memórias inesquecíveis! Queridos pais, prestem o devido apoio na alfabetização de seus filhos menores, não deixem apenas para os órgãos educadores públicos ou privados esta tarefa! Pense que você pode ser cooperador nesta educação agregando valores, princípio éticos e morais relevantes para a formação do caráter de seus filhos.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Quem caiu do caminhão?

Existiu um vilarejo de nome Santo Antonio, sendo município da cidade de Conceição do Araguaia, depois com a emancipação da cidade de Redenção no estado do Pará, o vilarejo passou a esta última comarca pertencer. Comunidade formada por não mais que 20 casas próximas, não inclusas as mais distantes em meio às pequenas posses. Seus moradores, humildes agricultores e pecuaristas, carentes de uma educadora para seus filhos, criaram um movimento em que conquistaram o direito de uma escola municipal no vilarejo, da qual minha mãe, Dona Rita veio a ser educadora. Sendo seus moradores humildes, buscavam seu sustento através da venda de cereais e animais domésticos, mas com o assédio dos madeireiros cederam ao pecado de vender algumas árvores por valores tão pífios que os forçava a explorar mais a extração de madeiras para compensar a viagem. Existiu também outro vilarejo de nome Vila Pau D`arco pouco mais desenvolvida, distando em torno de dezoito quilômetros de Santo Antonio, nesta vila se concentravam mais pessoas que gozavam de uma infra-estrutura pouco melhor daquela região, pelo menos eles tinham água encanada e luz elétrica a motor, vários bares, pequenas quitandas, beneficiadoras de arroz e algumas serrarias. O povo de Santo Antonio, quando precisava comprar algo que não tinha na única quitanda do vilarejo, recorria a Vila Pau D`arco, quando esta não era suficiente, recorria a cidade de Redenção cidade grande diante das pequenas vilas! Tinha até hospitais e bons médicos! Os nativos e moradores de Santo Antonio tinham o hábito de andar de carona, e para não andarem à pé qualquer veículo que passasse pela estrada servia como transporte. Lembro-me das caminhonetes C-10, D-10, veraneios, rural e os caminhões madeireiros. foi numa destas caronas quando de minha infância que presenciei uma cena muito engraçada. Certo homem que gostava da "branquinha" bebida destilada hoje patenteada como cachaça, embriagado "já pra lá do mais pra cá" resolveu pedir carona enquanto tentava manter-se caminhando na estrada. Os caminhoneiros e demais motoristas de outros veículos eram sempre muito gentis, quase sempre paravam para dar caronas. E o moço subiu em um destes caminhões, orientado pelo motorista segurava ao gigante da carroceria própria para o transporte de toras, e o caminhão seguia sua viagem, quando alguém quisesse descer teria que gritar ao motorista para que parasse, é certo que era perigoso mas era divertido! As estradas não eram das melhores, eram como trilhas, portanto não se podia correr muito, mas... o bêbado insistia em se segurar ao gigante... até que num dado momento ao tentar cuidar de seu bornal contendo objetos entre eles sua inseparável garrafa da branquinha, soltou as mãos do gigante, se atrapalhou todo e deixou cair o bornal, foi aquela barulheira: pára, pára, pára seu motorista! Alguém muito importante caiu. O motorista preocupado em ter acontecido o pior, perguntou: QUEM CAIU DO CAMINHÃO? Ao que o bêbado respondeu: caiu a minha branquinha seu moço! E o motorista preocupado resolveu perguntar: mas quem é branquinha, sua esposa? Ao que respondeu o bêbado: Não seu moço, branquinha é minha inseparável ouvinte e amiga, a cachaça em quem invisto para afogar as mágoas. Foi o suficiente para disparar uma crise de risos nos demais caroneiros. O motorista seguiu viagem recomendando aos sóbrios que segurassem o bêbado, alguém dos sóbrios aconselhou ao bêbado a perdoar em vez de alimentar as mágoas. E eu era um dos sóbrios é claro. rsrsrs Aprendi três lições importantes naquela ocasião: oferecer ajuda, proteger e aconselhar.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

O menino e a bicicleta

Era uma vez, um menino chamado Artur que morava no bairro de uma cidade do interior próximo a uma metrópole. Era ele de origem humilde, seus pais não gozavam de conforto financeiro, sua casa era humilde no entanto limpa bem cuidada. Seu pais procuravam na medida do possível dar bom ensino aos filhos. Artur sonhava em ter uma bicicleta, sabia que através de seus pais diante das limitações seu sonho seria impossível. Lembrou-se de seus tios Epaminondas, Bartolomeu e Praxedes, homens bem sucedidos, influentes na sociedade que certa vez em uma reunião de família prometeram ajudar o menino pobre no que fosse possível. O menino pensou várias vezes e resolveu ir em busca dos tios. Ao falar com Epaminondas, o menino pediu se ele podia ajudá-lo a realizar seu sonho de andar de bicicleta, o homem por sua vez disse: fique tranquilo Artur vou te ajudar a andar de Bicicleta! O menino por sua vez disse ao tio: não tenho uma bicicleta. Ao que Epaminondas disse: sou um homem influente vou te ajudar a comprar! Várias semanas se passaram, o menino voltou a encontrar o tio que negou ter prometido ajudar a comprar a bicicleta, que sua promessa se resumia apenas ajudar a andar. O menino seguiu com seu sonho, indo em busca de seu tio Bartolomeu, homem tido como sábio, o menino investiu: tio Bartolomeu, você pode me ajudar a andar de bicicleta? Bartolomeu respondeu: fique tranquilo Artur, vou te ajudar. O menino respondeu: tio tem mais um probleminha, não tenho uma bicicleta. O tio por sua vez disse: deixe comigo, vou te ajudar a conseguir uma, fique tranquilo! Passadas várias semanas, o menino retornou a seu tio Bartolomeu que também negou ter prometido a conseguir a bicicleta, disse que apenas tinha prometido ensinar a andar, disse ainda vou rezar e orar para você conseguir. O menino já desesperançado ao voltar para sua casa encontra no caminho seu tio Praxedes. O tio percebeu o semblante triste e perguntou ao menino o que acontecera, ao que este lhe respondeu: ah tio queria apenas aprender a andar de bicicleta, mas acho que não será possível. Praxedes perguntou ao menino: Artur você tem um tempinho para mim? O menino respondeu: tenho sim tio. Então vamos lá filho tenho uma bicicleta guardada em casa quero que veja, é muito simples e antiga, mas acho que posso dar uma boa regulagem e fazer com que ainda funcione. Enquanto caminhavam, Praxedes lembrou-se da promessa de ajudar o menino no que fosse possível, e lhe contou a história de um jovem galileu, que devolveu esperança a um povo sofrido, oprimido por outras nações durante anos, este jovem galileu é Jesus Cristo, que caminhou e ensinou seu povo a caminhar no único caminho que salva! Artur viu naquele tio, o renovo de sua esperança! Praxedes preferiu agir à luz de sua promessa, ensinando àquele menino não somente a andar de bicicleta mas a persistir em busca de seu sonho. Praxedes também o ensinou de que uma promessa não cumprida pode seguramente matar o sonho de uma criança, o sonho de uma pessoa. Ao não cumprir com aquilo que prometemos, faltamos com a verdade, deixando nosso próximo triste. Praxedes ensinou àquele menino a confiar em alguém mesmo que a maioria das pessoas falte com a verdade negando suas próprias falas. Pessoas que negam suas falas, falham diante de uma sociedade, diante de um sonhador e seguramente provam de consequências em vez de bênçãos! Vivendo amarguradas querem arrastar outros para a desilusão, à desistência ou ainda para o pecado, a desagradar a Deus. Que o Senhor Jesus Cristo nos ajude a ser como Praxedes na vida do nosso próximo, dos nossos irmãos, esposo, esposa, filhos e principalmente no seu próprio ser.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Qualidades de um Presbítero

Ultimamente tenho refletido sobre o papel do Presbiterato, Debruçando-me em pesquisas junto ao texto bíblico pude perceber ensinos relevantes para nosso entendimento e com andamento da Igreja. Paulo escreve para a Igreja em Éfeso, e nesta instrução combatendo erro doutrinário, inclui ensinamento sobre o presbiterato. O apóstolo tem a convicção de que é o plano de Deus que cada igreja local eleja presbíteros qualificados (ver At 14:23; Fp 1:1; Tt 1:5). É possível pensar que Timóteo esperasse de Paulo sugestões para a escolha de Presbíteros, Paulo o surpreende com o ensino para esta escolha, dando qualificações, dizendo que "é necessário..." (1Tm 3:2). Portanto, quem não tiver todas estas qualidades reveladas por Deus não deve ocupar o cargo de presbítero. Extraindo do texto da primeira carta a Timóteo, podemos notar apontamentos relevantes no que se refere a qualificações dos bispos. Em (1Tm 3:1-7). As palavras "episcopado" e "bispo" traduzem uma só palavra grega (episkopos) que quer dizer "supervisar" ou "pastorear". Ao examinar a Bíblia nota-se que bispos também são chamados de "presbíteros" ("anciãos"), e sua função é a obra de pastorear o rebanho de Deus (ver At 20:17-28). É possível entender que as palavras "pastor", "bispo", e "presbítero" descrevem o mesmo cargo eclesiástico, portanto, a distinção entre tais palavras não tem base bíblica, de forma que o necessário para ser bispo também o é para ser pastor ou presbítero. O cargo de bispo implica em responsabilidades (1Tm 3:1) "bispo" não é um mero título de honra, mas é uma obra de muita responsabilidade espiritual, e nisto podemos concordar com a fala de Paulo em (At 20:28-32). Esta obra deve ser feita somente por homens preparados e qualificados pela palavra de Deus! O bispo deve ser irrepreensível (1Tm 3:2-7), a palavra "irrepreensível" fala da necessidade do bispo ser reconhecido por seu bom comportamento e domínio próprio. Veja como as outras qualificações descrevem esta qualidade: "temperante", "sóbrio", "modesto", "não dado ao vinho", "não violento", "inimigo de contendas", "não avarento"; tendo "bom testemunho dos de fora". E o texto segue com a orientação: "o bispo deve ser fiel em casa" como "esposo de uma só mulher", o bispo mostra fidelidade e respeito para a aliança feita por Deus (ver Mt 19:6). Como quem governa "bem a própria casa" o bispo mostra fidelidade em cuidar das almas dadas a ele por Deus (ver Sl 127). Se os filhos o obedecem com respeito, isto mostra sua capacidade como líder e disciplinador, a qual será necessário para lidar com "crianças espirituais" na igreja (ver 1Pe 2:1-2). Concluo convidando-o a refletir sobre a seguinte pergunta: Você ou seu presbítero se encaixa nestas qualidades? Penso que como homens temos nossas dificuldades, mas creio que nos entregando ao governo de Cristo em nossas vidas, nos tornaremos pessoas melhores, se encaixando às qualidades apontadas pelo Apóstolo Paulo. Importa-nos crescer em unidade para honra e glória daquele que está acima de todo nome, o Próprio Deus que nos ama através de seu filho Jesus Cristo, o verdadeiro dono da Igreja.