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terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Tem coisas que me dão arrepio

Tem coisas que me dão arrepio!
Lembro-me de uma época quando criança fui ao cinema quatro vezes para ver o mesmo filme, tá certo que o gênero não era dos melhores para uma criança, mas queria testar minha coragem ao assistir um bom filme de terror. Também me pelava ao passar por algum cemitério, ainda mais à noite ai a coisa não ficava boa. Ao ouvir um barulho estranho próximo da casa onde dormia me apressava o passo em esconder-me. Fantasmas, vixe quando ouvia falar deles a coisa pegava. Polícia ou índio eram classes que não me encorajava a trocar uma boa prosa. Minha mãe expressar meu nome inteiro, ah também me gelava, pois certamente vinha acompanhado de um bom corretivo às minhas peraltices. Pois bem, o tempo foi passando a idade chegando, alguns medos se foram outros não tanto, chegaram uns novos... ah chegaram novos medos! De polícia ainda tenho, não que me sinta culpado de algo mas em alguns casos é melhor se precaver, é claro que tem uma parcela de bons e retos policiais que zelam pela ordem, pela lei nos quais me sinto seguro. Meus fantasmas de hoje são outros, a exemplo de quando alguém se aproxima de mim com a famosa frase: "quero te contar uma coisa" ah sou tão reticente... geralmente boa coisa não é. Tem gente que adora uma fofoca, o que não é o meu caso. Tenho medo da ação desgovernada de alguns representantes que elegemos, que fingem administrar o que é público... ah tem uns caras tão famintos, é claro que não é uma máxima. Infidelidade seja no sentimental, profissional e relacional, mentira então, ah estas "coisas" sim me dão calafrios, pois penso que alguém que mente é capaz de coisas mais terríveis. Então resta-me lidar com meus medos, sendo verdadeiramente honesto ainda que alguns não gostem e me olhem torto fazendo biquinho. E prossigamos para o alvo que é Cristo.

domingo, 29 de dezembro de 2013

Planos para o ano novo

Quando muitos ocupam seu precioso tempo fazendo planos mirabolantes para o ano vindouro me ocorreu pensar nalguns costumeiros, noutros inusitados, outros não tanto. Emagrecer pra que? se demorei tanto tempo pra adquirir esta barriguinha tão notada. Ficar rico pra que? se sou tão importante quanto, com as dívidas que tenho. Comprar um camaro amarelo pra que? se não tenho como abastecer o faminto. Fazer muitos amigos pra que? se os poucos verdadeiros que tenho me bastam. Escalar o mais alto monte pra que? se ao chegar no topo tenho que descer. Diante destas e outras indagações populares prefiro gastar meu precioso tempo agradecendo a Deus por tudo o que consegui neste ano que escapa aos meus dedos e que teve tantos dias quanto o que me bate à porta, em que posso ser abençoado e abençoar vidas ao mesmo tempo, com o talento que Deus me deu. As conquistas vem para marcar a importância das lutas e batalhas que travamos.

sábado, 7 de setembro de 2013

Fui entrevistado por uma figura esquisita

Como desempregado sofre!
Em uma de minhas investidas buscando oportunidade de trabalho, visitei certa empresa pela segunda vez em um ano, e tal como da primeira fui entrevistado por uma figura um tanto quanto esquisita. Enquanto me interrogava, mantinha seus grandes olhos fixos em minha direção destacados em seu rosto inexpressível aliado a uma maquiagem exageradamente estranha. Reparei, não tinha como não notar, que a boca era a única coisa a se mexer naquele rosto. O arranjo de cores de sua vestimenta não condizia com seu perfil. Contive-me em não dar uma boa gargalhada durante a entrevista, diante de alguém que literalmente parecia uma soma de dois personagens também esquisitos: a cuca do sítio do pica-pau amarelo e a zebra do fantástico.
Quando posteriormente liguei interessado no resultado do processo seletivo, fui informado pela mesma pessoa esquisita que não tinha perfil para a vaga, liberei minha gargalhada ao telefone e falei: “empatamos, também você não tem perfil para entrevistador!”

sábado, 17 de agosto de 2013

Meu irmão veio jantar de pantufas!

Certo dia ao final de uma das atividades na Igreja da qual sou membro, três casais de amados irmãos combinavam de ir fazer uma boquinha em algum lugar. No debate das idéias chegaram ao consenso de preparar algo na casa de um dos casais, concomitante um outro casal que tanto amamos, no caso o Pastor e sua esposa, chegaram em nossa casa. Enquanto trocávamos algumas idéias antes do jantar, vim a saber da arrumação em duas casas. Decidimos juntar a turma toda aqui em casa. Minha esposa como sempre virtuosa cuidando de preparar algo saboroso, aquele cheiro delicioso bem ao lado da sala, e de repente chegaram os três casais de amados irmãos com refrigerantes e uma panela de peito de frango ainda por fazer. Pronto deu liga! Um bom macarrão, arroz, feijão e frango frito na margarina, e como sobremesa aquele pudim, hum... que delícia! Estava muito muito bom mesmo.
Conversamos altas horas divertidas, trocamos brincadeiras e aproveitamos para destacar a simpatia de um de nossos irmãos que veio de sua casa usando as tão queridas pantufas, já um tanto usadas, mas agradáveis. Afinal casa de irmãos é assim mesmo, nos sentimos à vontade e confortáveis, até mesmo de visitar alguém usando pantufas. (risos)
Deus é a razão de desfrutarmos destes momentos. Tão grande é o seu amor por nós.

terça-feira, 13 de agosto de 2013

As melancias na roça

Recentemente ao abrir uma das gavetas de minha memória de infância, remeti-me ao passado lá na roça, é verdade que não fui criado nela mas sempre que podia nas férias passava alguns dias na roça de um primo de minha mãe. Sempre que ia na roça na década de setenta me sentia como uma criança nos shopping-centers da atualidade. Certa vez ao iniciar minhas férias da escola fui convidado e mais que depressa tratei de aceitar, principalmente ao saber que as melancias estavam quase prontas a colher.
Éramos uns quatro meninos de idades parecidas, passávamos as tardes em aventura cortando canas, tomando banho nos riachos, colhendo frutas nativas, catando macaúbas, campeando o gado, colhendo milho verde e as melancias, ah as melancias que saborosas! Fomos à roça numa destas tardes e descobrimos uma plantação de melancias, melhor dizendo descobri considerando que os meninos moravam lá e apenas eu era o visitante. O sabor das melancias colhidas e partidas aliado ao medo de sermos descobertos na hora é indescritível, haja adrenalina! É claro que ao chegarmos em casa contamos as aventuras para minha tia que tratou de nos dar uma bronca e ainda nos fez medo ao ameaçar contar para seu esposo, certamente o dono da plantação, senão o vizinho do dono. Saudades do tempo de criança, época em que não nos damos conta das contas. (rs)

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Um tal José que não tinha nome

Certo rapaz metido a galanteador, cheio de si famoso pelo bom papo, conquistava as moças que queria nas festanças do sertão ao som das radiolas movidas a pilha, quando não tinha sanfona instrumento que bem tocado afinado chamava à atenção. Não era muito dado ao trabalho mas a necessidade lhe fazia pegar as empreitadas de roçados nas roças e pastos da redondeza, ganhava pouco porque lhe pagavam pouco, era justo porque pouco trabalhava. Mas o tal José tinha bom papo até entre os peões, se fazia de gato de contratos, sabia de tudo fazia nada. Posava de disposto sempre que chegava o patrão lhe cobrando resultado. O tal José era bom de garfo, na hora do rango atraia as atenções com seus contos falava aos cotovelos. Moço vistoso quando podia andava cheiroso às custas de qualquer desodorante barato daqueles da época que comprava nos botecos. Pé de valsa, dançava até tarde até que a pilha dava até que tinha pinga, bebia mas não caia ficava bêbado não, era cabra esperto fugia do rebú, quando via a confusão pegava sua binga riscava vez em quando pra alumiá o caminho de volta pra casa aos braços da patroa. José dormia de noite dormia inté de dia contava suas vantagens a quem lhe perguntava o nome o moço dizia, tenho nome não sou apenas José, mas pode me chamar José pé-de-valsa, José bom-de-conversa, José do sertão.

terça-feira, 6 de agosto de 2013

O homem dos sertões e a descoberta de uma amizade verdadeira

Certo homem vivia nos sertões, afastado da família, longe de tudo e de todos resolveu passar parte de sua vida lidando com a terra que conseguira comprar a muito custo. Seu jeito simples e suas ferramentas rudimentares, produzia quase tudo o necessário para o sustento, à moda antiga desconfiava de qualquer coisa, seus melhores amigos eram os animais que criava, a quem cuidadosamente dava apelidos. Seu cãozinho sempre atento a qualquer barulho o protegia nas noites de sono, suas vaquinhas eram tão mansas que não precisavam ser presas para a ordenha, seu burro de carga de tanto acostumado ao ir e vir da lavoura sabia o caminho melhor que ninguém. E assim aquele homem seguia sua vida simples, já aposentado ia à cidade mais próxima uma vez ao mês receber seu pequeno salário. Algo o diferenciava de tantos outros homens, não confiava nas pessoas, certamente tinha um motivo. Certo dia de suas andanças ao voltar para casa sentiu-se indisposto lembrou-se de que não tinha amigos além dos animais, resolveu que na próxima vez que encontrasse alguém faria amizade, pois tal lhe seria necessário dado o avanço contínuo da idade. Diante de sua pequena posse de terra e vários animais seletos no pasto tinha medo de fazer amizades pois julgava aproximações interesseiras, em todo caso pensava consigo que cedo ou tarde surgiria alguém em quem depositasse confiança. O tempo foi passando, a idade chegando, sua disposição diminuindo e continuava desconfiado. Noutro dia de suas andanças ao voltar da pequena cidade para casa ouviu alguém cantar que Jesus era o melhor amigo, curioso foi se achegando e descobriu na bela voz um jovem, um jovem a quem Jesus amava e que amava a Jesus. O velho homem arredio quis saber mais sobre a amizade e aos poucos foi se aproximando do jovem cada vez que ia à cidade, até que um dia aceitou a amizade do jovem que lhe apresentou a Jesus como prova de lealdade. Tudo mudou na vida daquele velho homem desconfiado, arredio a partir daquele dia passou a confiar na existência de uma verdadeira amizade e provou do amor de Jesus em sua vida.

domingo, 30 de junho de 2013

Eu e minha boca grande

Quem não passou por um constrangimento na vida?
Quem ainda não se apropriou da frase “eu e minha boca grande”?
Há outro dito popular “em boca fechada não entra mosquito”.
Então, estas coisas também acontecem comigo, porque não?
Tempos atrás protagonizei uma cena um tanto quanto bizarra, e olha que sou considerado como parte dos homens discretos, pelo fato de pensar bem antes de falar algo. Ao chegar a um hipermercado de minha região, juntamente com minha esposa que se destaca na fabricação de bolos, doces e salgados para festas, não me contive ao ver um cidadão motorista, jovem por sinal, usando uma vaga daquelas exclusivas a idosos, falando nisto você já reparou no aumento expressivo de vagas a idosos, portadores de deficiências em lugares públicos? Então também eu reparei e acho totalmente legal, sou totalmente favorável a esta iniciativa, mas às vezes me pergunto se de fato existem idosos para todas as vagas em alguns hipermercados. E o cidadão, aquele do qual estávamos falando estaciona bem à minha frente numa daquelas vagas, e eu, bem... eu que estacionei meu bom e velho carro com direção mecânica e pesada numa distancia considerável, não me contive e mandei bem alto: olha só amor, a cara de pau deste cidadão jovem estacionando em uma vaga exclusiva? E prontamente ao descer do carro, o tal motorista jovem era de fato um de nossos clientes. Não que por ser um de nossos clientes e ter-nos cumprimentado educadamente, ele tenha deixado de ser um cara de pau. Mas que eu fiquei com vergonha alheia, ah fiquei!
Eu e minha boca grande!

Um grande abraço e até a próxima!

quinta-feira, 30 de maio de 2013

Um dia de trabalho do carteiro

Estando eu desempregado e cansado de esperar pelas oportunidades prometidas por algumas empresas, resolvi me aventurar a um período temporário de carteiro, aliás, louvo a Deus por esta oportunidade que me foi apontada por uma irmã na fé de minha Igreja local.
Certificado da vaga apresentei-me ao escritório de uma destas empresas que se dizem especializadas em contratar temporário, fiquei surpreso em ter sido contratado em pouco menos de vinte minutos de espera sem nenhuma entrevista ao mesmo tempo em que orientado a me apresentar imediatamente no primeiro horário do dia seguinte a um "CDD" Central de Distribuição Domiciliar, mais surpreso ainda pelo fato de tal empresa contratante não me ceder sequer uniforme, equipamentos adequados e um breve treinamento. Diante disto fui à luta, quer dizer ao trabalho, às ruas de minha cidade. (rsrs)
No primeiro de trabalho, desacostumado a andar a pé, subi cada ladeirão, cheguei em casa com as pernas destruídas.
No segundo dia disposto a ajudar os carteiros ao ofício de colecionar as cartas, levei uma invertida do supervisor mal humorado, na verdade penso que aquele funcionário é também mal amado, diferente da maioria absoluta dos carteiros que via de regras são bem humorados. Fui destacado a andar por uma região da cidade em que as ruas eram mais tranquilas, sem morros ou ladeiras.
No terceiro dia me deram uma bicicleta sinistra, que inesperadamente desmontou o guidão e me deu um baita tombo, fiquei alguns dias com o punho dolorido.
No quarto dia fui atacado por cães, do popular "cachorro" na maioria vira-latas, tal destes me atacou no tornozelo, graças a Deus não houve perfuração.
Dai por diante o ataque de cães passou a ser mais frequente, e o engraçado é que existem moradores que se dizem amantes de animais, e parecem não gostar muito dos carteiros, leituristas da empresa de luz e água, garis e demais trabalhadores que usam as ruas como ambiente de trabalho. Gostaria de ver alguns deles no desafio de "um dia de carteiro". (rsrs)
Recentemente fui atacado por duas cadelas, tinha pressa em concluir o trabalho, continuei minha rota mesmo sentindo dores, ao final do trabalho retornei à rua investigando até descobrir o possível dono ou responsável pelos animais, fiquei surpreso ao ouvir do cidadão que negou a propriedade, dizendo apenas cuidar que não faltasse alimento ou água aos animais de rua. Naquele dia o tal funcionário supervisor do "CDD" me cobrou produção, me chamou de incompetente e sequer deu atenção à minha ocorrência.
Noutro momento, uma moradora com seu animal solto do lado de fora do muro de sua casa, pedi a ela que prendesse o animal, não fui atendido, e o tal animal foi me seguindo e atacando, chamando a atenção de mais um na rua, bem o final sobrou mais uma vez para o carteiro, na tentativa de me defender dos animais soltos fui atacado por animal preso que saltou ao meu braço.
E as caixinhas do correio? Boa parte dos moradores não as tem, outros instalam de maneira errada. E as residências? Boa parte sem identificação "número" visível, se as cartas não chegam, culpa do carteiro.
Moradores e cidadãos brasileiros lembrem-se: carteiros também são moradores e cidadãos, também são seres humanos, merecem respeito.
Cuidem bem dos seus animais deixando-os seguros em seus quintais, enumerem suas residências, instalem adequadamente caixas coletoras de correios.

domingo, 12 de maio de 2013

Cuidado com o louro!

Ando muito pelas ruas das cidades, e como um bom observador vejo placas inusitadas aos muros de algumas casas. Com medo de invasores, muitos moradores apelam para a intimidação afixando placas do tipo: "área protegida" ou "cuidado cão bravo". Dias atrás notei uma que me chamou a atenção, dizia o enunciado: "cuidado com o louro!" e me pus a pensar... cuidado com o louro! ah este cara tá de sacanagem, intrigado perguntei ao entusiasmado morador: o que quer dizer a placa cuidado com o louro? ao que ele me disse, olha moço somos gente simples, não somos ricos e como tal temos em casa dois seguranças, um deles é nosso vira-lata a quem demos o nome de "sadan" outro nosso papagaio a quem chamamos de "louro" e seguindo normas de segurança pública temos nossa casa murada com muros baixos complementados com grades, mas nem sempre isto é o bastante, vez em quando tem sempre um engraçadinho querendo entrar sem ser convidado, dai ensinamos o pássaro a repetir pequenas frases, e durante uma brincadeira com as crianças e o pequeno vira-lata, quando ainda era novo, já que agora é bem grande, gritava: pega ele sadan! e não deu outra, não é que o papagaio aprendeu!
E diante dos incentivos das crianças o papagaio repetia a frase: pega ele sadan!
Concordei com o morador, bem bolado o aviso de sua placa, uma brincadeira é claro, más no caso de dar certo, melhor prevenir... O invasor entraria em sua casa certamente rindo da ousadia da placa, mas se o louro percebesse certamente estaria enrascado. Pega ele sadan!
Coisas de gente simples e criativa, coisas do nosso Brasil.

sexta-feira, 3 de maio de 2013

Fusca: eu também tive um, meu primeiro carro.

Boa parte dos homens brasileiros de meia idade, quero dizer os quarentões entre os quais me incluo, estatisticamente já possuiu, ou usou, ou conheceu alguém que possuiu ou usou o bom carro de todas as horas, defensor da classe menos favorecida e até mesmo de boa parte da classe média, isto mesmo, estamos falando do bom e fiel Fusca, ou Fusquinha para os amantes do histórico modelo.
Segundo os críticos, o Fusca nasceu de um projeto arcaico, para os amantes da história deste herói e companheiro, um projeto eterno, resistente ou ainda feito para durar. O Fusca, nasceu a principio em resposta ao pedido de Hitler a Ferdinand Porsche, o velho "beetle" foi nomeado Volkswagen, carro do povo, proveniente do idioma alemão. Posteriormente nomeado "Volkswagen Sedan", carinhosamente apelidado de Fusca no Brasil.
Seu lançamento oficial se deu em 1.935, pelo então projetista Ferdinand Porsche, o Volkswagen podia ser comprado por quase todos, por um preço acessível à todas as classes. Em 1.959 o Fusca começou a ser fabricado no Brasil.
Isto posto, o humilde autor que vos escreve conseguiu comprar o primeiro carro no ano de 1995, com vinte e um anos de fabricação. Isto mesmo faça as contas, meu primeiro carro foi um modelo 1974 de cor verde, que aos poucos passei a reformar adotando-o como membro da família ou em algumas vezes mais que isto, uma outra família. (rsrs)
Reformei bancos, adaptei reclináveis para o motorista e passageiro deixando o traseiro original, eu disse o banco traseiro. (rsrs)
Reformei lataria principalmente a parte dos para-lamas e estribos, diga-se de passagem era o que mais se estragava de lata no fusquinha, com a vantagem de poder comprar as peças deixar no latoeiro e depois de prontos em pouco tempo se fazia a troca. Quase todo mês sempre tinha algo a fazer de reparo no velho fusquinha que deixei novinho e do meu jeito. Depois fui comprando equipamentos de som, e nisto o fusca é bem adaptável, com pouco investimento é possível deixar um som agradável e de boa qualidade.
De mecânica fácil, os reparos eram também acessíveis e atraentes diante de outros modelos, talvez por isto o amante do Fusquinha acabe gastando frequentemente para deixar o carro em boa forma.
Tenho saudades do meu primeiro e único fusquinha, se ele ainda estivesse comigo, e como diriam muitos amantes, se o meu fusca falasse, continuaria sendo parte de minha família.
Muitas aventuras tivemos juntos, ah que saudades!
Certamente quando tiver uma oportunidade de comprar um carro histórico, com a permissão de Deus e o consentimento de minha amável esposa assim o farei, comprarei um fusquinha, quanto mais experiente melhor, já que o fusca em minha vida jamais será velho, sempre terá espírito aventureiro, espírito jovem.

quarta-feira, 1 de maio de 2013

Meus amigos sinceros, diversos e controversos

Ao longo de minha experiência de vida social, procurei ser amigo e conquistar amigos. Por onde andei assim o fiz por acreditar na necessidade do ser humano viver em sociedade, este processo me envolveu em etapas que considero relevantes na criação e fortalecimento de verdadeiras amizades das quais hoje faço parte e posso contar.
Mas... para isto tive que passar por etapas e três delas que considero essenciais. Na primeira, acreditava em tudo e em todos, em que considero ter sido ingênuo, caindo em armadilhas, sendo trapaceado muitas vezes inclusive por alguns daqueles que se diziam "amigos". Na segunda, fiquei totalmente arisco duvidava de todos, inclusive de boa parte dos amigos sinceros, poderia dizer seguramente que esta fase se enquadrava na insegurança. Por último veio a etapa do amadurecimento, em que diante da experiência, dava tempo ao tempo, ouvindo mais e falando menos.
Mas... estas três etapas me mostraram alguns fatos curiosos, hilários em boa parte, em que pude observar alguns "tipos" de amigos, citarei alguns modelos: a) o amigo "mola" é aquele que te impulsiona a fazer coisas impressionantes, sem medir consequências que em boa parte são danosas; b) o amigo "geladeira" é aquele que vive te colocando numa fria; c) o amigo "racha" é aquele que te convida pra curtir uma adrenalina, mas que se a coisa apertar corre certamente; d) o amigo "político" vive prometendo mas nem sempre cumpre; e) o amigo "amnésia" sempre esquece do compromisso; f) o amigo "salim" aquele que quando o assunto lhe convém diz: Salim sou eu, quando não: Salim saiu; o amigo... poderia citar tantos, dos quais já tive, a quem posso chamar de diversos, mas tem uma classe a que recomendo cuidado redobrado, aos amigos "controversos" estes sim em alguns casos dizem ser amigos, noutros te negam com a mesma facilidade que lhe é natural, alguns depois se arrependem.
Diante de tantos, sou feliz, e louvo a Deus por ter me dado amigos, bons amigos de todas as horas que comigo andam, me aplaudem, são aplaudidos, me socorrem, são socorridos, que consolam e choram e também são consolados. Amigos estes que ganhei através do maior deles, aquele que se fez carne, ele mesmo o Verbo, o próprio Jesus que se fez amigo verdadeiramente incomparável, único, de quem sou servo e é digno de ser Senhor.

sábado, 20 de abril de 2013

Troco de balas? Não, obrigado.

Faço parte de uma estatística do povo brasileiro, sou um cidadão considerado classe média por ganhar (quando empregado) pouco mais que um salário mínimo ter casa e carro próprio e como tal, moro em uma vila de um bairro da cidade. Diante disto observo o comportamento de boa parte dos funcionários e/ou proprietários de mercearias e supermercados, casas de carnes, cobradores de ônibus, entre outros. Engraçado perceber a esperteza quando oportunamente o consumidor compra alguns itens e quando vem o troco, quase sempre faltam algumas moedas, as mais corriqueiras são de R$ 0,01, R$ 0,05 ou ainda R$ 0,10. Isto posto, o caro leitor pode fazer aquela pergunta retórica: Que diferença faz R$ 0,01, R$ 0,05 ou R$ 0,10? Defendo que faz uma grande diferença quando pensado na coletividade. Imagine um consumidor fazendo uma compra por dia, deixando R$ 0,10 centavos durante trinta dias somam R$ 3,00, agora pense em um estabelecimento mesmo que pequeno na vila de sua casa, recebendo aleatoriamente cinquenta clientes de um total maior atendidos durante o dia, o caixa por sua vez acumula R$ 5,00 de extras durante o dia, e por aí vai.
Uma prática frequente dos comerciantes, é deixar um potinho de balas ao lado do caixa, e sempre que necessitam dar troco em moedas, oferecem balas como troco, e neste ato desinteressado ao final do dia, acumula-se muito mais de sobra de caixa. E o mais curioso é que o contrário não é verdadeiro. Faço novamente uma pergunta retórica: Você já tentou pagar uma passagem de ônibus, ou comprar algo pagando com balas? Quero dizer que eu já fiz isto e não fui compreendido, levaram-me na brincadeira. Posso perceber seu sorriso... você deve ter pensado, este cara está de brincadeira... rsrs
Outra façanha de boa parte dos comerciantes é registrar preço das mercadorias com o famoso R$ 0,99. Sinceramente, por que será que os caras não arredondam o preço? Já que existe intrínseca uma intensão de não dar o troco correto. Outra situação comum se aplica aos itens com preços sugeridos, outro dia percebi ao comprar um refrigerante retornável de uma marca famosa, em que o preço sugerido na tampinha era R$ 1,25 e o esperto comerciante me cobrou R$ 1,50 sob a alegação de que preço sugerido não é obrigatório, diante da ação encorajado, propus: Então isto quer dizer que posso levar o refrigerante por R$ 1,00? E o comerciante com sorriso amarelo me disse, bem assim você me leva a falência. Agora imagine quanto o cara não ganha com isto? Troco de balas? comigo não tio! rsrs

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Amor, a gasolina acabou!

É bem provável que o(a) leitor(a) tenha passado por uma situação destas, ou pelo menos conheça alguém auto-confiante o bastante e que tenha protagonizado tal façanha. Voltávamos de uma de nossas viagens ao interior do estado do Tocantins, e para desviar do um longo trecho de rodovia federal decadente, o esperto motorista que vos escreve, no caso eu mesmo (rsrs) resolveu seguir o conselho de um caminhoneiro em alterar o curso de Porangatú a Goiânia via São Miguel do Araguaia, percorrendo algumas dezenas de quilômetros a mais que no percurso normal e mais provável via BR-153. Esta mudança proporcionou conforto de uma boa rodovia estadual pouco utilizada. É claro que o caminhoneiro tinha razão, a estrada era "supimpa" um tapete só, e de fato pouco utilizada, o que ele não me avisou é que havia um longo trecho literalmente desabitado sem qualquer posto de combustível à vista do viajante.
Pois bem minha família e eu pudemos comprovar isto de uma maneira não muito agradável. Enquanto passávamos em meio à cidade de Porangatú no estado de Goiás, minha esposa perguntou: Amor como estamos de combustível? Diante da pergunta dela eu com meu método de economia à moda goiana havia notado o preço um tanto quanto elevado do produto nas bombas de dois postos, resolvi arriscar e viajar com menos da metade do tanque. Respondi: Fique tranquila amor, o combustível dá para chegar. Minha esposa insistiu: Não é melhor abastecermos? Respondi novamente: Fique tranquila amor. Parei o carro ao sair da cidade, e perguntei ao pedestre que chegava: Sabe me dizer se estamos na estrada certa para São Miguel, e se encontro posto de combustível em algum vilarejo perto? A resposta foi tranquilizadora: O Senhor está na estrada certa sim, e tem posto logo ali.
Eu, cheio de razão, olhei para minha esposa e minha filha e disse vamos pra estrada! Aproveitamos a paisagem, ora fazenda de gado de um lado, ora do outro... vez ou outra um carro, outras, carretas transportando bois de raça nobre e bem gordos. E seguíamos confiantes, e nada de posto, nada de vilarejo, até que... Papagaios o marcador está na reserva! E fomos nesta adrenalina até que acabou-se o tal do combustível. Um sol das quinze horas quente, muito quente, e nada de passar carro.
Até que um dado momento avistamos um carro que se aproximava, pedimos socorro, o motorista parou identificou minha necessidade e perguntou: Você tem uma mangueirinha ai? Lembrei-me de que não tinha, uma vez que meu carro era bem novo, não pensei neste detalhe. E o moço simples me disse que aguardasse outro socorro já que seu carro estava cheio, eu imprudente nem mangueira tinha e o vilarejo mais próximo distava em torno de vinte quilômetros.
Por volta das dezessete horas passou o segundo carro, conseguimos carona para minha esposa e filha que ao chegarem ao vilarejo próximo, providenciaram um motoboy para me socorrer. Neste vai e vem nos encontramos novamente às dezenove horas daquele dia. Resultado: Minha economia foi pro espaço, gastei bem mais por cinco litros de combustível a abastecer quando minha esposa sugeriu. Depois desta, minha família sempre alerta e eu obediente ao conselho, paro e abasteço lembrando do logo alí. Amigo siga meu conselho, ouça as mulheres, elas quase sempre têm razão!

domingo, 7 de abril de 2013

Cheiro forte na cozinha!

Sou goiano, e como todo bom goiano gosto de algumas coisas típicas da minha região, e no tangente a culinária me ocorreu recordar um fato. Ano passado em uma de suas visitas, minha mãe trouxe na bagagem parte do meu pedido considerando o tempo que não visito meu estado de origem, mãe que é mãe sempre faz um sacrifício pelos filhos (dito popular), depois do abraço no reencontro cobrei: cadê meu doce de buriti, a carne de sol, a farinha de mandioca branca, a manteiga de garrafa e cadê o meu pequi? Ah que saudades!
Minha esposa e meus filhos curiosos com as encomendas, até que gostaram de quase todas, mas o tal do pequi foi uma comédia. Certo dia daquele ano, minha esposa e eu chegamos de um atendimento a cliente, aquele cheiro gostoso de pequi na panela, abracei minha mãe e dando falta, resolvi perguntar: cadê as crianças foram dar uma volta? ao que minha mãe respondeu: estão no quarto brincando. As crianças estavam no quarto, é verdade, e quando me viram perguntaram depressa: Papai que cheiro é este na cozinha? A vovó parece estar fazendo algo estranho! Respondi prontamente: É pequi. Minha família abençoada por Deus me intimou mais que depressa: Precisamos conversar! Foram unânimes expressando amor por minha mãe, reafirmaram portas abertas a ela, mas o pequi... bem a este me sugeriram que comesse logo e fizesse uma boa escovação aos dentes. Sempre que lembramos, damos boas rizadas.

domingo, 31 de março de 2013

A morte do grão de arroz

Não sou especialista no assunto agricultura, apesar de ter vivido minha infância em uma região em que tais atividades eram comuns, aliás representava maioria expressiva como fonte de sustento das famílias humildes diante de seu pouco contato com a cidade grande. Lembro-me da época do plantio do arroz, o pessoal começava a plantar por volta do mês de outubro e novembro, e dada a limitação do poder econômico ainda era possível encontrar pequenos agricultores, mesmo que em reduzido número, que não tinham a boa e velha "matraca" equipamento em que os agricultores alimentavam os grãos de arroz em casca num pequeno reservatório interno e que com o movimento de abertura do bico em contato ao solo, já preparado para o plantio, liberava pequena quantidade de grãos na pequena cova aberta pela matraca.
Passado o dia do plantio, ficávamos aguardando o apontar dos brotos na terra, com o passar dos dias contemplávamos o milagre do crescimento dos pés de arroz. Este processo me leva a refletir na realidade de poucos grãos que após plantados transformam-se em viçosos pés de arroz, que alimentam a esperança dos pequenos agricultores em ter uma colheita farta o bastante para o sustento de todo o ano. Os mais felizes, contam com a sobra para vender e comprar outros Itens necessários para o sustento do lar.
Este processo milenar me leva a refletir no milagre da transformação de uma simples semente em viçosas plantas que geram frutos. Pensar na renúncia providente dos pequenos agricultores que logo após a colheita, separam os melhores grãos para o novo plantio. Em sua humildade eles sabem que é necessário que aqueles grãos sejam plantados à terra, que passem por um processo de morte germinando o que vem a ser em poucos dias uma linda planta.
No evangelho de João, o próprio Jesus faz uso deste processo para representar uma nova vida: Em verdade, em verdade vos digo: se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas, se morrer, produz muito fruto (Jo 12.24). A exemplificação de uma nova vida para aqueles dispostos a renunciar costumes, vícios e velhos hábitos, numa conversão ao único caminho que leva à salvação, o próprio Jesus Cristo. O apóstolo Paulo dá sua contribuição a este respeito em sua segunda carta aos Corintios: E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas (2Co 5:17). Vemos um número expressivo de membros de igreja ansiosos por produzir algo grandioso, alguns cobrando dos pastores por que a igreja não cresce, outros criticando o trabalho de voluntários, mas se alistar para o trabalho... bem isto são outros quinhentos. Vemos funcionários de empresas, organizações governamentais e não governamentais fazendo o mesmo, usando de uma "matraca" a detonar seus líderes.
É preciso renunciar a muitas coisas que o mundo oferece para se tornar uma nova criatura, renunciar à própria vida e seguir a Cristo, permitir-se ser transformado tal como o grão de arroz, no propósito de gerar vida e vida em abundância, alimentar aos famintos, ainda que com poucos recursos tal qual àqueles pequenos agricultores. É preciso crer no poder de Deus representado em seu único filho Jesus em transformar vidas.
Talvez este seja um dos desafios deste século, renunciar a uma vida contrária ao que Deus nos ensina, permitir-se ser transformado em nova criatura e andar na contramão de um mundo promíscuo, ainda que tenhamos este mesmo mundo como solo no sentido de plantar a semente, certamente existe nele muitas coisas contrárias ao que nos ensina a palavra de Deus às quais devemos renunciar.
Lembrar principalmente, que Jesus padeceu, morreu, venceu a morte e ressuscitou para nos salvar, nos reconciliando com Deus o Pai.

sexta-feira, 22 de março de 2013

Deus me deu nova oportunidade, sim!

Meados de 2003, morava em Maringá, trabalhava em uma empresa de médio porte do segmento de alimentação (atualmente uma grande empresa do segmento alimentício), usando uma expressão popular: "dei meu sangue por aquela empresa" ou ainda "me lasquei de trabalhar" estou convicto de que fiz muito bem minha parte contribuindo para o crescimento daquele grupo.
Fui um profissional de confiança, trabalhei intensamente, não tive medo de apresentar minhas idéias, buscar soluções, sendo fiel àqueles que eram meus patrões. Minha vida profissional ia muito bem, apesar dos caras serem meio "mão-de-vaca" sempre que eu pedia aumento me enrolavam, aliás me enrolaram durante sete anos, fala sério!
Por me dedicar maior parte do tempo ao trabalho minha vida pessoal estava decadente, haja visto tinha uma namorada que resolveu ir para Portugal me deixando seus filhos para cuidar enquanto lá estivesse. Na intensão de não perdê-los para as ruas sempre que chegava em casa, faltasse alguém ia procurá-lo. Cai numa enrascada ou "sinuca de bico" e minha vida foi se transformando num tormento contínuo, chegando a ponto de ser ameaçado por usuários de drogas, pequenos traficantes e uma aliciadora de menores, daqueles que se infiltram nas vilas dos bairros das cidades.
Passei várias noites em claro, várias semanas sem dormir direito, o medo passou a ser meu companheiro de todas as noites, o pouco que conseguia dormir o fazia no meu bom e velho monza batido, me faltava coragem para dormir no meu quarto. Como homem, estava fracassado... afundado em dívidas pelas inúmeras ligações internacionais, atordoado entre tantos outros problemas periféricos em consequência de minhas escolhas erradas, um relacionamento conturbado cada vez mais me afastava de Deus, e na condição de afastado não me restava mais esperança.
Certa noite daquele ano, percebendo que minhas forças tinham me abandonado, visivelmente abatido, desnutrido, desanimado, senti grande necessidade de falar com Deus. Orei pedindo uma segunda chance, orei pedindo resgate de Deus, orei pedindo por socorro, orei pedindo uma companheira, alguém com quem pudesse passar bons dias e noites, alguém que entendesse e encontrasse motivo para me amar e que se permitisse ser amada.
Deus me ouviu! E quero que saibam Deus ouve nossas orações, ainda que pensemos que sua resposta ou providência tarde, Ele não tarda, sempre vem e quer o melhor para nós. Alguns dias depois, ao final de uma jornada de trabalho Deus providenciou alguém para ser minha amiga, companheira, namorada, esposa, alguém que me ama e permite ser amada, com quem vivo a quase dez anos.
Deus arrumou a minha vida, seu contato, seu amor, sua misericórdia e providência foi tamanho que consequentemente me converteu em uma nova criatura. Ao final daquele ano de 2003 aguardei o retorno da mãe daquelas crianças de Portugal, entreguei-as a ela, deixei o pouco que construí para trás. Tomei novo rumo em minha vida, Deus me deu uma mulher virtuosa, uma filha amável, um casamento abençoado que a cada ano se fortalece porque buscamos a Deus. Minha conversão se deu ao final de 2004. Janete e eu casamos oficialmente em 2005.
Deus me resgatou, direcionando minha vida a seu caminho, vem me capacitando a cada dia! Sou um homem feliz, Deus me deu mais um filho, muitos irmãos em Cristo, Pastores abençoados a me conduzir. Voltei a estudar, graduei-me recentemente em Teologia, completei seis anos de serviço voluntário na Igreja.
Sou grato a Deus por tudo o que sou, por tudo que ele ainda tem a fazer em minha vida e através dela!

domingo, 17 de março de 2013

Memórias da pobreza

Considerando minha idade de coroa como dizem alguns, ou experiente na opinião de outros, recentemente fiz as contas tirei a prova dos nove e cheguei a conclusão de que morei mais tempo longe de minha mãe. Sai cedo de casa em busca de dois propósitos, o primeiro continuar estudando já que no vilarejo em que minha mãe e eu morávamos a grade curricular não era das mais privilegiadas, o ensino era subsidiado pela prefeitura até a quarta série do atual ensino fundamental, e o segundo era questão de sobrevivência mesmo.
Tive uma infância não muito privilegiada, minha mãe era professora municipal, meu padastro um desocupado que de vez em quando conseguia algumas empreitadas de trabalho braçal, homem inteligente um pouco mais novo que minha mãe, mas não muito dado ao aprendizado escolar, sabia pouco mais que assinar o próprio nome ou ler algumas cartas, o cidadão gostava mesmo era de uma vida regada à festas típicas de vilarejos bem como jogos de azar.
A única renda garantida da casa vinha do salário de funcionária pública municipal de minha mãe, e que não era muito mas nos abençoava para comprar alguns itens da cesta básica, o restante que nos faltava era complementado pelos humildes moradores que sempre lembravam de doar alguma coisa para a única professora do vilarejo.
Diante de nossa condição de pobreza financeira, também fui privilegiado por uma riqueza, a ética moral embasada nos princípios de honestidade e caráter lapidados por alguém que impossibilitada de me dar presentes materiais não poupou esforços em me dar boa educação familiar, sim a mesma que me gerou. Sua atitude, seu jeito de amar e ensinar nas coisas mais simples foi relevante formando pilares sólidos em minha vida, vislumbrei o enobrecimento de um pobre o destacando dos demais ao respeitar e amar o próximo, a partilhar do pouco que tínhamos não somente o que representa gêneros alimentícios mas também os saberes.
Tempos bons, bons tempos em que aprendi dignidade na pobreza que nortearam minha vida até aos dias de hoje, em que mesmo passando alguns momentos privilegiados de grandes farturas visto o que era antes, outros não tanto, sou muito grato a Deus, ao único Deus sobreano que cada vez mais quero aprender de sua palavra buscando estar perto.
Todos os dias repito esta frase em minhas orações: Muito obrigado meu Deus por me amar e resgatar através de seu filho Jesus Cristo!

quinta-feira, 14 de março de 2013

Pegadinha e trotes

Em algumas empresas é costume do pessoal mais antigo passar um trote nos novatos, geralmente são brincadeiras muito engraçadas, diferente de algumas que até pouco tempo faziam os calouros nas universidades. Ainda bem que nas universidades isto vem mudando para melhor a cada ano, recordo-me ter visto nas ruas de Curitiba jovens pedindo dinheiro nos semáforos e confesso ter achado graça nas brincadeiras. Naquele dia vi meninos todos desajeitados vestidos de menina, já que a intenção era mesmo chamar a atenção, enquanto que as meninas calouras usavam de criatividade com outras brincadeiras. Um gesto simbólico do bom humor que muitas vezes tem faltado no nosso trânsito.
Nas empresas em alguns casos, com a cumplicidade de alguns colegas, destaca-se um ou outro engraçadinho cheio de idéias para passar um bom trote no profissional calouro no grupo. Lembro-me certa vez em que fui trabalhar em um auto-peças, logo que cheguei encontrei um engraçadinho que prontamente me pediu para localizar um "martelo desempenador de vidros". O cara me pediu com um olhar bem sério, mostrando-se apressado em ter em suas mãos tal ferramenta, e eu inocente, resolvi perguntar para alguém que providencialmente o malandro tinha me orientado. Foi muito engraçado, para eles é claro! Eu fiquei em tempo de pegar o primeiro. rsrs
Outra dia ainda naquela empresa de auto-peças, toca o telefone ao que prontamente atendi, o interlocutor me pedia ajuda, queria que olhasse para a calçada e localizasse um carro amarelo, lá fui eu, não encontrando voltei para dar o resultado a quem me pedia ajuda ao telefone: o senhor me desculpe não tem nenhum carro amarelo lá fora. Ao que do outro lado ouvi ao som de gargalhadas: amadureceu!
Bons tempos aqueles, com o passar dos dias também eu alimentava minha imaginação aprontando minhas pegadinhas aos novatos.

terça-feira, 12 de março de 2013

Dito popular: cavalo dado não se olha os dentes

Existem alguns ditos populares que se observados "ao pé da letra" tem uma certa lógica outros não tanto, pensando nisto vou me ater a um bem conhecido "cavalo dado não se olha os dentes". Ao pesquisar no nosso bom e velho "doutor google" percebi várias idéias em torno desta frase, e em sua maioria nos indicam o exercício do bom senso.
Resolvi então debruçar-me em pesquisa e notei citações a respeito de uma obra de nome "O Bode Expiatório" de autoria do Professor Ari Riboldi, dá-nos uma ideia de que tal dito tem origem nos negócios de venda de cavalos, onde o vendedor no exercício de sua astúcia tenta fazer o animal passar por mais novo, na tentativa de obter lucro razoável.
É claro que numa pesquisa amiúde é perceptível a quem conhece do ofício de compra e venda de equinos, a quase inexistência da possibilidade de omitir a verdade, mas... considerando o bom senso, sendo o tal cavalo dado, ao felizardo ganhador cabe agradecer, pelo menos é isto que tenho ouvido desde criança nas rodas de conversas dos mais velhos.
Na prática do nosso dia-a-dia, percebemos algumas "mutretas" malandragens ligadas indiretamente a tal esperteza, principalmente no comércio de compra e venda, quem é mais experiente dá uma ajeitadinha e passa o abacaxi para a frente, como é o caso de veículos de passageiro (carros e motos) ou veículos de carga em sua maioria é o que acontece, o bom e velho "banho de loja" e depois da brevidade da garantia, se é que ela existe, estoura a bomba, papagaios!
Isto posto, me ocorreu lembrar de um episódio onde eu fui o presenteado, certa vez em que resolvi me casar com minha atual esposa e eterna namorada, querendo fugir de alguns amigos com perfil de pretensos "língua solta" curiosos de plantão da cidade, planejamos nosso casamento no sítio, o que incorreu em outro dito popular "matar dois coelhos com uma cajadada" no meu caso foram vários mesmo (rsrs).
Casando no sítio fugi dos amigos inoportunos que certamente iriam me dar um presente qualquer e posteriormente me visitariam cobrando a prenda, é claro que esta regra não se aplica a todos, sempre temos verdadeiros amigos; agradaria a meu sogro que impossibilitado de caminhar dado a seu estado de invalidez não faria uma viagem longa; não gastaríamos uma grana maior do que minha condição para agradar aos curiosos de plantão.
Ao falar de meu plano para um colega de trabalho que queria se promover a meu amigo, a quem vou preservar nome e profissão, chamando-o apenas de José, o cara se prontificou em me emprestar um carro bem maior que o meu para carregar as traias do casamento. O cara me emprestou um carro antigo que certamente não era revisado com frequência, com uma mecânica estranha, considerando que a cada vez que parava no posto para abastecer me obrigava a completar no mínimo um litro de óleo ao motor.
Resultado, viajei mil e quinhentos quilômetros, a festa de casamento foi inesquecível "boa pra lá de metro" e ao devolver o carro emprestado levei-o na oficina para corrigir um pequeno problema de freios, caiu-me a ficha de que tal façanha me custou os olhos da cara! Antes tivesse fretado uma van, teria ficado mais barato, mais seguro e menos cansativo.
Como diria um velho amigo "oh mundão sem porteira!".
A este cavalo, deveria euzinho aqui ter olhado melhor os dentes. (rsrs)

sexta-feira, 8 de março de 2013

O riacho mamuí

Era menino, ainda pequeno fui sendo apresentado aos tios por parte de minha mãe. Aos poucos fui me familiarizando com aqueles mais velhos que juntos somavam dez incluindo minha mãe. Em sua maioria moravam longe distribuídos em três estados da federação. Lembro-me que quando morávamos no interior do estado do Pará, íamos à cidade de Guaraí visitar minha avó Raimunda (in memoriam) e minha tia Isaura, aproveitávamos para dar uma passada no Mamuí, município de Colméia e visitar minha tia Lourdes (in memoriam).
O rancho da tia Lourdes era todo feito de palha extraídas das palmeiras de côco babaçu, desde as paredes ao telhado, sua aparência chamava a atenção por estar distribuído em duas casas interligadas por um pequeno corredor, uma servia de um grande quarto do casal, separado também para as meninas, e uma grande sala de visitas que às noites também se transformava em dormitório para os meninos, demais membros da família bem como aos visitantes acomodados em redes. A outra por sua vez ostentava a cozinha com aquele fogão a lenha feito e polido de barro, a sala de jantar e o paiol para guardar os alimentos. Todos sempre bem cuidados, limpos, curral bem tratado e aquele quintal sempre bem varrido.
Ao amanhecer, tia Lourdes ao comando do fogão preparava o desjejum, café da manhã reforçado, afinal o pessoal do sítio não tem regulagem na comida, privilegiados por uma boa alimentação saudável em sua maioria sem agrotóxicos, acordam cedo para o trabalho braçal. Que cheirinho bom de leite fresco, fervido e aquele café torrado e moído à moda antiga! E os bolos, o milho verde assado, o curau de milho, ai que saudades daquela farofinha!
Bem após o café, tia Lourdes tratava de providenciar o almoço, colhia os legumes ao quintal, jogava grãos de milho ou arroz à atrair as galinhas. Que agilidade! Em poucos minutos ela surpreendia aos frangos e galinhas caipiras, e precavida em não faltar comida matava dois ou três, em pouco tempo fazia a limpeza e preparava aquele saboroso almoço. Enquanto isto tratávamos de colocar os assuntos em dia.
Após o almoço colhíamos bananas, mamão e demais frutas da época garantido o lanche da tarde, íamos ao riacho mamuí um pouco afastado do rancho, coisa de uns dois ou três quilômetros. Suas águas frias correndo por entre as pedras, vez ou outra formando volumes mais profundos onde brincávamos arriscando os saltos e mergulhos. Que tempo bom, perdíamos a hora de voltar, relutávamos em deixar o mamuí, que águas!
Minha tia Lourdes se foi, os meninos cresceram, quase todos se tornaram pais e mães, foram morar longe uns dos outros, poucos retornaram, e o velho mamuí continua lá com suas águas frias esperando alguém a ouvir o canto das águas, a tentar fisgar seus peixes, a brindar o sertão em meio às serras, a contar seus contos.
Presentes de Deus!

quarta-feira, 6 de março de 2013

A lata de leite condensado

Houve uma época em que minha avó foi passar uma temporada com minha mãe, lá pras bandas do interior do estado do Pará, eu tinha sete anos, e neste período as pastagens não estavam muito boas no que resultava a escassez do bom e velho leite de vaca, e minha avó pelo menos ao acordar no amanhecer, tomava um copinho de leite. Pois bem na falta de leite de vaca, a primeira solução seria comprar leite em pó mas na quitanda seu preço não era dos melhores, "custava os olhos da cara", a outra solução seria dissolver o leite condensado que talvez durasse um pouco mais por um pouco menos de preço.
Minha mãe comprou uma lata de leite condensado de uma marca conhecida, fez dois furinhos um menor para respirar e outro um pouco maior para que o leite condensado pudesse sair naturalmente da latinha dissolvendo na água, a vantagem é que já saia adoçado. (rsrs)
Penso que o leitor sabe como é criança, sempre cheia de imaginações, ideias e engenharias (rsrs). Pois bem, notei que minha mãe deixava longe do meu alcance na parte mais alta da prateleira porta-copos fixada à cantoneira de madeira própria para acomodar o filtro e o pote de água. Fiquei curioso com aquela latinha lá em cima, peguei um banquinho conseguindo alcançá-la dei uma boa chupada de leite condensado, com frio na espinha, medo de minha mãe aparecer, ai ai se ela visse a coisa não ficaria boa! Fui repetindo esta travessura até que dona Rita percebesse o rápido esvaziar do conteúdo. Num dado momento fui interrogado pela minha mãe: Sr.Claudio quem mexeu na lata de leite condensado? Ao que respondi: Não sei não senhora, sei que não fui eu.
Dona Rita, professora, fez as contas em seu raciocínio lógico e continuou: Muito bem, moramos em três pessoas nesta casa, agora somos quatro com sua avó, vejamos, eu aqui sua mãe me isento da faceta já que fui eu que dei falta, seu tio (meu padastro) não está em casa nestes dias, sua avó não conseguiria subir em uma cadeira, quem é que sobra? Papagaios, levei uma surra daquelas até confessar minha travessura.
Não contente, eu que ajuntava um dinheirinho resultado de alguns favores que fazia aos colegas preguiçosos, corri na quitanda comprei uma lata de leite condensado "novinha em folha" voltei para casa ao encontrar minha mãe na tentativa de reparar o erro expressei: Olha aqui dona Rita sua lata de leite condensado nova, intacta! Foi aí que o tempo fechou, levei outra surra bem mais reforçada que a primeira e como se não bastasse fui induzido a desfazer a compra.
Velhos tempos, recordações de uma infância paupérrima recheada de uma boa educação relevante para a formação de meu caráter. Tornei-me o homem que sou graças à educação sob os olhos atentos de minha mãe.
Hoje com o "ECA" a sociedade defende uma criação sem correção mais enérgica, pais não podem dar uma "surrinha" nos filhos sob pena de perder a guarda. Não quero fazer apologia a nenhum método de criação, entretanto dizer que minha geração do final dos anos sessenta formou homens e mulheres mais responsáveis, submissos aos pais, mais amigos dos filhos.
Tempos bons, bons tempos que não volta mais!

sexta-feira, 1 de março de 2013

Greve dos contribuintes: bem que deveríamos.

Frequentemente somos surpreendidos por uma notícia, geralmente veiculada no horário nobre, ou seja à noite quando chegamos em casa no gozo do descanso merecido, ligamos a telinha da TV ou navegamos na internet e (putz) lá vem a bomba! Recordemos algumas delas: O governo resolve aumentar o preço do combustível! Corremos feito loucos ficamos enfileirados durante minutos ou horas na esperança de encontrar combustível com preço velho completar o tanque do nosso possante, para muitos uma segunda família. O sindicato dos bancários resolve entrar em greve por tempo indeterminado! Ai meu Deus, lá se vão horas e horas na fila dos lotéricos na tentativa de pagar as contas, ou quanto recorremos aos famosos caixas eletrônicos limitados por saques simbólicos, se bem que para aqueles que não tem dinheiro iguais a mim não faz muita diferença. O sindicato dos vigilantes resolve entrar em greve! Repare que quase sempre um puxa ao outro e nós ficamos a ver navios já que tanto um como outro fecham os bancos. Papagaios!! O sindicato dos... e por ai vai, é sempre o povo brasileiro que paga o pato. Curioso é que o contribuinte faz malabarismo para cumprir com sua obrigação em recolher os impostos, e pensando nisto me ocorreu defender a ideia de que ultimamente têm-se veiculado notícias do aumento de assaltos a comerciantes, alguns exibem faixas pedindo compreensão dos ladrões, já que a morosidade do sistema inibe o trabalho de policiais sérios, quando não boa parte deles se infiltram nas milícias oferecendo uma proteção forçada, e o governo fingindo que não sabe. Já imaginou se os comerciantes resolvessem organizar uma manifestação de repúdio à falta de segurança? É notório o crescimento de estabelecimentos que se protegem de grades exageradamente deixando o consumidor ou como diria alguns "freguês" do lado de fora a aguardar suas compras, e este por sua vez vulnerável à ação dos bandidos. É claro que mais uma vez pagaríamos a conta de ficar um dia ou outro sem comprar algo, mas até que seria engraçado, ver o grito dos comerciantes: enquanto não tivermos segurança, não pagaremos impostos! E nós demais contribuintes solidários a eles. E o governo com sua comissão de negociadores colocando à frente deles o Leão do imposto de Renda e todo o arsenal de outros impostos que nos assombra a todos. Papagaios!! Acorda Brasil!

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Opções requerem responsabilidades

No decorrer do mês de fevereiro de 2013, a nação brasileira foi surpreendida por três noticiários veiculados nas várias esferas de comunicação. Não pretendo fazer apologia a nenhum deles, nem tanto é minha pretensão desmerecer os demais. Apenas gostaria de refletir sobre questões que considero comuns entre elas: opção, responsabilidade e consequência. A primeira grande notícia, material de discussão entre vários críticos e profissionais da área de segurança, remete-nos para a tragédia de Santa Maria, onde dezenas de jovens de diversas classes sociais, estudantes ou não, casados ou não, filhos em sua maioria expressiva e pais em pequeno número, optaram por uma noite de diversão em uma casa noturna. De um lado os jovens disputando espaço, alterando suas agendas, convidando o maior número de pessoas possíveis a fazer parte de tal evento, do outro empresários felizes pela superlotação da casa noturna na expectativa de verem seus cofres engordados a ponto de ter um lucro expressivo destacando-se dos outros estabelecimentos. Jovens confiantes de que tudo daria certo, não se preocuparam com o quesito segurança. Empresários confiantes de que tudo daria certo relaxaram-se no quesito responsabilidade. A consequência foi catastrófica, onde várias dezenas de vidas, sonhos e projetos foram interrompidos bruscamente. Por outro nos deixou pasmos com a ideia de que tal acidente tenha servido de alerta para o formato de concessão e fiscalização de licenças para estes fins, faz-nos pensar que a segurança básica necessária era algo secundário em detrimento da diversão. O líder máximo na hierarquia da Igreja Católica, abre sua agenda e resolve optar pela renúncia ao cargo. Papa Bento XVI, homem culto, teólogo referenciado no meio, consulta suas capacidades físicas, intelectuais e espirituais, entendendo que sua trajetória de Sumo Pontífice deva ser interrompida, dando lugar a outro também eleito por Deus. Faz-nos refletir sobre o tamanho da responsabilidade em representar uma Igreja diante de seus dogmas ou ainda da interpretações de tais por homens incumbidos de defendê-los. Nota-se também uma questão política e social diante da religiosidade de uma organização. É possível que Bento XVI não tenha tido apoio necessário para manter sua postura diante de algumas questões discutidas na virada do milênio a exemplo dos contraceptivos, celibato entre outros. A consequência da inércia de uma organização que até meados do século XX preferiu não discutir tais mudanças foi que com a evolução tecnológica de informações jornalísticas, os fieis passaram a ser convidados para a discussão de se manter padres, diga-se de passagem em minoria, com comportamentos distorcidos do que reza a norma. Uma médica funcionária de uma instituição de saúde relevante em um dos estados da federação, no que se imagina uso legal de seus conhecimentos, envolve-se no escândalo ético moral da medicina, sendo responsabilizada por vários óbitos, após meses de investigação segundo as autoridades locais. Várias discussões em torno do assunto, levam-nos a refletir da omissão das autoridades privadas e públicas no que tange ao cuidado da saúde de um povo que obrigatoriamente cumpre com o pagamento de impostos que tomam expressivamente o que representa meses de trabalho. Segundo o que diz a mídia, tal médica fazia valer em suas análises opções pela vida e morte de pacientes terminais ou não em detrimento da fila do SUS. É totalmente perceptível que o sistema encontra-se decadente rumo a falência múltipla de suas esferas fiscalizadoras, permitindo com que parte expressiva da verba orçada para tal finalidade seja desviada para outros fins políticos ou até mesmo de ordem pessoal de uma minoria privilegiada de administradores do dinheiro público. É certo que algumas notícias são veiculadas de forma enfática, convidando um povo esperançoso e trabalhador a refletir sobre questões que se cumpridas à regra, economizaria tempo para novas discussões que considero relevantes para o bem de uma nação, a exemplo de educação, saúde e erradicação da pobreza. Questões que envolvem análise ética, moral, política, social e segurança pública, muitas vezes são deixadas para um segundo plano ainda que na esfera do lazer, religião e saúde. Considerando tais notícias recorro ao que tenho aprendido no caminhar em aprendizado da Palavra de Deus. Se fizermos o que Jesus Cristo nos ensina, a Igreja prevalecerá diante das portas do inferno, seremos melhores profissionais nas diversas áreas que o próprio Deus nos permite capacitação e consequentemente nossa diversão será em ter um mundo melhor, enquanto por aqui estivermos.

domingo, 24 de fevereiro de 2013

Fome: quem passou tem medo

Era mês de março do ano de 1987, logo depois do carnaval daquele ano minha mãe foi hospitalizada para tratar de fortes dores resultado de pedras na vesícula. Resolvi interromper minha carreira profissional em uma companhia de pavimentação que havia me transferido de uma obra na cidade de Guaraí-TO para Custódia-PE poucos meses antes. Afinal, copiando o dito popular "mãe de sangue só tem uma" fiquei apavorado ao saber de seu estado de saúde, atravessei quatro estados da federação para vê-la. Naquela época pensei: vai que que Deus a promove para o andar lá de cima, eu eu fico como? (rsrs) Pois bem, após constatar que minha mãe estava sendo muito bem cuidada por uma prima minha que morava na Jardim Caiçara, resolvi viajar de Goiânia-GO a Guaraí-TO (ainda pertencente a Goiás naquela época), mas vejam só o problema ou como diria o dito popular "pepino" minha grana estava bem curtinha, pra falar a verdade tinha quase nada mesmo. Ao chegar na Rodoviária percebi que minha grana dava para uma passagem de Goiânia a Anápolis, não pensei duas vezes, comprei e embarquei, oh viagem rápida! Mal entrei no ônibus pouco depois estava desembarcado... com o dinheiro que sobrara comprei alguns bolinhos, era madrugada fria resolvi aguardar o dia nascer. Enquanto aguardava conversei com algumas pessoas, encontrei alguém em situação de "quebradeira" dureza de bolso igual a minha, resolvemos investir numa caminhada rumo ao norte de Goias. Enquanto andávamos, conseguíamos algumas rápidas caronas que logo nos devolviam à estrada. No segundo dia de viagem meu colega ficou em Santa Tereza onde teria uma promessa de emprego em um posto de gasolina da região. Eu continuei a viagem, acabaram-se os bolinhos, passei a me alimentar de frutas nativas e água que pudesse alcançar à beira da estrada, às noites dormia nos postos de gasolina. Com os pés cansados e uma fome que insistia em ser minha companheira de viagem, considerando o fato de minha timidez em pedir alimento, pedia sim trabalho para conquistar dinheiro e terminar a viagem dignamente, entretanto, ouvi quase sempre a negativa, até entendo que boa parte se dava ao medo da outra parte, que mesmo vendo minha carteira de trabalho em mãos talvez não se sentissem inseguras as pessoas a quem me dirigia pedindo este tipo de socorro, aliás muito se vê por aí quem pede dinheiro descaradamente até mesmo com motivação estranha e que nos intriga. Cheguei no sexto dia, em uma fazenda à beira da estrada próximo à cidade de Alvorada, notei que os trabalhadores estavam fazendo um "roçado" limpando uma área de matas para futuro plantio, resolvi pedir ajuda, insisti em que me deixassem roçar também, mesmo não sendo eu um habilidoso, sem nenhuma experiência no assunto, queria fazer algumas diárias e conseguir dinheiro para seguir adiante. Era próximo do meio-dia, senti um cheiro gostoso de comida. Ah que cheiro gostoso! Para minha surpresa fui convidado a almoçar, foi a primeira vez que alguém se importou em me dar alimento durante aquela caminhada. Sentei à mesa daquele rancho simples, olhei em volta percebi amor, amor Cristão mesmo. Estavam ali pouco mais de seis pessoas entre adultos e adolescentes. Aquela senhora de idade jovem serviu-me um prato de comida simples (arroz, feijão e carne), e eu até que tentei mas não conseguia comer, minha garganta parecia ter-se fechado. Meus olhos se encheram de lágrimas, comecei a chorar discretamente, mas aquelas pessoas sensíveis à minha história também me copiaram no ato de chorar. Aquela jovem senhora certamente deveria ser esposa do mais velho da turma, pegou meu prato de volta e educadamente me perguntou: a quanto você não come um prato de comida? Respondi: estou hoje no sexto dia. Foi ai que ela incrementou aquele prato com bastante caldo. Consegui comer. Agradeci imensamente àqueles humildes trabalhadores que me acolheram por pouco mais que duas horas de seu precioso tempo, pude notar neles ao amor cristão, me devolvendo dignidade do alimento e doando um pouco do que tinham para que eu chegasse ao meu destino. Enquanto andava pela estrada durante aqueles sete dias de peregrinação, mas caminhava que conseguia carona, refleti sobre quantas pessoas andam por ai, e quando passamos por elas muitas vezes não lhes prestamos sequer um olhar atencioso, sentimos medo! Chegamos em nossos lares, encontramos comida mesmo que simples, cama mesmo que simples, teto mesmo que simples. Ao passo que estas pessoas peregrinando também tem seus medos e o principal deles: medo da fome. Precisamos olhar para as pessoas desabrigadas, sem teto, andarilhas, peregrinas com amor cristão, pois quanto a fome só tem medo quem já passou por ela ou ainda convive com ela diante das limitações muitas vezes consequência dos próprios atos, outras de desprezo de familiares. Que Deus tenha misericórdia de nossas vidas!

sábado, 23 de fevereiro de 2013

Quanto é três vezes sete?

Nasci meio que de passagem numa cidade do estado de Goiás, passados alguns "poucos" anos, minha mãe resolveu mudar para o interior do estado de Pará. Lembro-me que fomos morar num vilarejo de nome Santo Antonio por volta dos anos setenta, minha mãe foi contratada como educadora, encarregada de alfabetizar e formar turmas primárias, ou seja, considerando a normativa ou nomenclatura de ensino de hoje, a formação primária daquela época se dava até a quarta série, na sequência vinha o "ginásio" concluindo o primeiro grau equivalente ao ensino fundamental. Lembro-me também que a Secretaria de Educação do município ao qual o vilarejo pertencia, não defendia alfabetização de menores com data inferior a sete anos, talvez pela precariedade de ferramentas interativas. A professora lecionava em sala mista, formato em que todas as crianças estudavam juntas, entretanto separadas em lotes de série. Sistematicamente havia pelo menos um dia da semana separado para o tomar da lição, ou seja uma provinha oral. Desde pequeno me interessei por matemática e mesmo não podendo estudar junto com os demais, dada a minha idade inferior, aprendi a fazer contas ouvindo do lado de fora da sala. Ao perceber minha habilidade em aprender as operações matemáticas, minha mãe passou a me proibir de ficar ao lado de fora da sala me intimando a ficar em casa mesmo. Mas eu sempre interessado, teimoso e com energia de sobra (rsrs) dava um jeitinho de fugir do castigo da "sargentona" e logo que ela saia, após meu cumprimento das tarefas do lar, ia brincar ao lado da escola e próximo à sala de aula que minha mãe lecionava. Certo dia foi muito engraçado, percebi que estavam os alunos em volta da mesa da professora que investia em uma provinha oral, testando o conhecimento dos alunos chamava-os pelo nome e dirigia a pergunta. Lá pelas tantas ouvi: QUANTO É TRÊS VEZES SETE? eu eu do lado de fora me atrevi: VINTE E UM!! Foi aquela correria... minha mãe correu para o lado de fora da sala e me chamou pelo nome e sobrenome... quando isto acontecia eu sabia que o caso era grave, corri, corri, "corri mas que as penas". Resultado, quando entrei em sala de aula para ser alfabetizado, já sabia muita coisa. Tempos bons, memórias inesquecíveis! Queridos pais, prestem o devido apoio na alfabetização de seus filhos menores, não deixem apenas para os órgãos educadores públicos ou privados esta tarefa! Pense que você pode ser cooperador nesta educação agregando valores, princípio éticos e morais relevantes para a formação do caráter de seus filhos.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Quem caiu do caminhão?

Existiu um vilarejo de nome Santo Antonio, sendo município da cidade de Conceição do Araguaia, depois com a emancipação da cidade de Redenção no estado do Pará, o vilarejo passou a esta última comarca pertencer. Comunidade formada por não mais que 20 casas próximas, não inclusas as mais distantes em meio às pequenas posses. Seus moradores, humildes agricultores e pecuaristas, carentes de uma educadora para seus filhos, criaram um movimento em que conquistaram o direito de uma escola municipal no vilarejo, da qual minha mãe, Dona Rita veio a ser educadora. Sendo seus moradores humildes, buscavam seu sustento através da venda de cereais e animais domésticos, mas com o assédio dos madeireiros cederam ao pecado de vender algumas árvores por valores tão pífios que os forçava a explorar mais a extração de madeiras para compensar a viagem. Existiu também outro vilarejo de nome Vila Pau D`arco pouco mais desenvolvida, distando em torno de dezoito quilômetros de Santo Antonio, nesta vila se concentravam mais pessoas que gozavam de uma infra-estrutura pouco melhor daquela região, pelo menos eles tinham água encanada e luz elétrica a motor, vários bares, pequenas quitandas, beneficiadoras de arroz e algumas serrarias. O povo de Santo Antonio, quando precisava comprar algo que não tinha na única quitanda do vilarejo, recorria a Vila Pau D`arco, quando esta não era suficiente, recorria a cidade de Redenção cidade grande diante das pequenas vilas! Tinha até hospitais e bons médicos! Os nativos e moradores de Santo Antonio tinham o hábito de andar de carona, e para não andarem à pé qualquer veículo que passasse pela estrada servia como transporte. Lembro-me das caminhonetes C-10, D-10, veraneios, rural e os caminhões madeireiros. foi numa destas caronas quando de minha infância que presenciei uma cena muito engraçada. Certo homem que gostava da "branquinha" bebida destilada hoje patenteada como cachaça, embriagado "já pra lá do mais pra cá" resolveu pedir carona enquanto tentava manter-se caminhando na estrada. Os caminhoneiros e demais motoristas de outros veículos eram sempre muito gentis, quase sempre paravam para dar caronas. E o moço subiu em um destes caminhões, orientado pelo motorista segurava ao gigante da carroceria própria para o transporte de toras, e o caminhão seguia sua viagem, quando alguém quisesse descer teria que gritar ao motorista para que parasse, é certo que era perigoso mas era divertido! As estradas não eram das melhores, eram como trilhas, portanto não se podia correr muito, mas... o bêbado insistia em se segurar ao gigante... até que num dado momento ao tentar cuidar de seu bornal contendo objetos entre eles sua inseparável garrafa da branquinha, soltou as mãos do gigante, se atrapalhou todo e deixou cair o bornal, foi aquela barulheira: pára, pára, pára seu motorista! Alguém muito importante caiu. O motorista preocupado em ter acontecido o pior, perguntou: QUEM CAIU DO CAMINHÃO? Ao que o bêbado respondeu: caiu a minha branquinha seu moço! E o motorista preocupado resolveu perguntar: mas quem é branquinha, sua esposa? Ao que respondeu o bêbado: Não seu moço, branquinha é minha inseparável ouvinte e amiga, a cachaça em quem invisto para afogar as mágoas. Foi o suficiente para disparar uma crise de risos nos demais caroneiros. O motorista seguiu viagem recomendando aos sóbrios que segurassem o bêbado, alguém dos sóbrios aconselhou ao bêbado a perdoar em vez de alimentar as mágoas. E eu era um dos sóbrios é claro. rsrsrs Aprendi três lições importantes naquela ocasião: oferecer ajuda, proteger e aconselhar.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

O menino e a bicicleta

Era uma vez, um menino chamado Artur que morava no bairro de uma cidade do interior próximo a uma metrópole. Era ele de origem humilde, seus pais não gozavam de conforto financeiro, sua casa era humilde no entanto limpa bem cuidada. Seu pais procuravam na medida do possível dar bom ensino aos filhos. Artur sonhava em ter uma bicicleta, sabia que através de seus pais diante das limitações seu sonho seria impossível. Lembrou-se de seus tios Epaminondas, Bartolomeu e Praxedes, homens bem sucedidos, influentes na sociedade que certa vez em uma reunião de família prometeram ajudar o menino pobre no que fosse possível. O menino pensou várias vezes e resolveu ir em busca dos tios. Ao falar com Epaminondas, o menino pediu se ele podia ajudá-lo a realizar seu sonho de andar de bicicleta, o homem por sua vez disse: fique tranquilo Artur vou te ajudar a andar de Bicicleta! O menino por sua vez disse ao tio: não tenho uma bicicleta. Ao que Epaminondas disse: sou um homem influente vou te ajudar a comprar! Várias semanas se passaram, o menino voltou a encontrar o tio que negou ter prometido ajudar a comprar a bicicleta, que sua promessa se resumia apenas ajudar a andar. O menino seguiu com seu sonho, indo em busca de seu tio Bartolomeu, homem tido como sábio, o menino investiu: tio Bartolomeu, você pode me ajudar a andar de bicicleta? Bartolomeu respondeu: fique tranquilo Artur, vou te ajudar. O menino respondeu: tio tem mais um probleminha, não tenho uma bicicleta. O tio por sua vez disse: deixe comigo, vou te ajudar a conseguir uma, fique tranquilo! Passadas várias semanas, o menino retornou a seu tio Bartolomeu que também negou ter prometido a conseguir a bicicleta, disse que apenas tinha prometido ensinar a andar, disse ainda vou rezar e orar para você conseguir. O menino já desesperançado ao voltar para sua casa encontra no caminho seu tio Praxedes. O tio percebeu o semblante triste e perguntou ao menino o que acontecera, ao que este lhe respondeu: ah tio queria apenas aprender a andar de bicicleta, mas acho que não será possível. Praxedes perguntou ao menino: Artur você tem um tempinho para mim? O menino respondeu: tenho sim tio. Então vamos lá filho tenho uma bicicleta guardada em casa quero que veja, é muito simples e antiga, mas acho que posso dar uma boa regulagem e fazer com que ainda funcione. Enquanto caminhavam, Praxedes lembrou-se da promessa de ajudar o menino no que fosse possível, e lhe contou a história de um jovem galileu, que devolveu esperança a um povo sofrido, oprimido por outras nações durante anos, este jovem galileu é Jesus Cristo, que caminhou e ensinou seu povo a caminhar no único caminho que salva! Artur viu naquele tio, o renovo de sua esperança! Praxedes preferiu agir à luz de sua promessa, ensinando àquele menino não somente a andar de bicicleta mas a persistir em busca de seu sonho. Praxedes também o ensinou de que uma promessa não cumprida pode seguramente matar o sonho de uma criança, o sonho de uma pessoa. Ao não cumprir com aquilo que prometemos, faltamos com a verdade, deixando nosso próximo triste. Praxedes ensinou àquele menino a confiar em alguém mesmo que a maioria das pessoas falte com a verdade negando suas próprias falas. Pessoas que negam suas falas, falham diante de uma sociedade, diante de um sonhador e seguramente provam de consequências em vez de bênçãos! Vivendo amarguradas querem arrastar outros para a desilusão, à desistência ou ainda para o pecado, a desagradar a Deus. Que o Senhor Jesus Cristo nos ajude a ser como Praxedes na vida do nosso próximo, dos nossos irmãos, esposo, esposa, filhos e principalmente no seu próprio ser.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Qualidades de um Presbítero

Ultimamente tenho refletido sobre o papel do Presbiterato, Debruçando-me em pesquisas junto ao texto bíblico pude perceber ensinos relevantes para nosso entendimento e com andamento da Igreja. Paulo escreve para a Igreja em Éfeso, e nesta instrução combatendo erro doutrinário, inclui ensinamento sobre o presbiterato. O apóstolo tem a convicção de que é o plano de Deus que cada igreja local eleja presbíteros qualificados (ver At 14:23; Fp 1:1; Tt 1:5). É possível pensar que Timóteo esperasse de Paulo sugestões para a escolha de Presbíteros, Paulo o surpreende com o ensino para esta escolha, dando qualificações, dizendo que "é necessário..." (1Tm 3:2). Portanto, quem não tiver todas estas qualidades reveladas por Deus não deve ocupar o cargo de presbítero. Extraindo do texto da primeira carta a Timóteo, podemos notar apontamentos relevantes no que se refere a qualificações dos bispos. Em (1Tm 3:1-7). As palavras "episcopado" e "bispo" traduzem uma só palavra grega (episkopos) que quer dizer "supervisar" ou "pastorear". Ao examinar a Bíblia nota-se que bispos também são chamados de "presbíteros" ("anciãos"), e sua função é a obra de pastorear o rebanho de Deus (ver At 20:17-28). É possível entender que as palavras "pastor", "bispo", e "presbítero" descrevem o mesmo cargo eclesiástico, portanto, a distinção entre tais palavras não tem base bíblica, de forma que o necessário para ser bispo também o é para ser pastor ou presbítero. O cargo de bispo implica em responsabilidades (1Tm 3:1) "bispo" não é um mero título de honra, mas é uma obra de muita responsabilidade espiritual, e nisto podemos concordar com a fala de Paulo em (At 20:28-32). Esta obra deve ser feita somente por homens preparados e qualificados pela palavra de Deus! O bispo deve ser irrepreensível (1Tm 3:2-7), a palavra "irrepreensível" fala da necessidade do bispo ser reconhecido por seu bom comportamento e domínio próprio. Veja como as outras qualificações descrevem esta qualidade: "temperante", "sóbrio", "modesto", "não dado ao vinho", "não violento", "inimigo de contendas", "não avarento"; tendo "bom testemunho dos de fora". E o texto segue com a orientação: "o bispo deve ser fiel em casa" como "esposo de uma só mulher", o bispo mostra fidelidade e respeito para a aliança feita por Deus (ver Mt 19:6). Como quem governa "bem a própria casa" o bispo mostra fidelidade em cuidar das almas dadas a ele por Deus (ver Sl 127). Se os filhos o obedecem com respeito, isto mostra sua capacidade como líder e disciplinador, a qual será necessário para lidar com "crianças espirituais" na igreja (ver 1Pe 2:1-2). Concluo convidando-o a refletir sobre a seguinte pergunta: Você ou seu presbítero se encaixa nestas qualidades? Penso que como homens temos nossas dificuldades, mas creio que nos entregando ao governo de Cristo em nossas vidas, nos tornaremos pessoas melhores, se encaixando às qualidades apontadas pelo Apóstolo Paulo. Importa-nos crescer em unidade para honra e glória daquele que está acima de todo nome, o Próprio Deus que nos ama através de seu filho Jesus Cristo, o verdadeiro dono da Igreja.