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segunda-feira, 15 de abril de 2013

Amor, a gasolina acabou!

É bem provável que o(a) leitor(a) tenha passado por uma situação destas, ou pelo menos conheça alguém auto-confiante o bastante e que tenha protagonizado tal façanha. Voltávamos de uma de nossas viagens ao interior do estado do Tocantins, e para desviar do um longo trecho de rodovia federal decadente, o esperto motorista que vos escreve, no caso eu mesmo (rsrs) resolveu seguir o conselho de um caminhoneiro em alterar o curso de Porangatú a Goiânia via São Miguel do Araguaia, percorrendo algumas dezenas de quilômetros a mais que no percurso normal e mais provável via BR-153. Esta mudança proporcionou conforto de uma boa rodovia estadual pouco utilizada. É claro que o caminhoneiro tinha razão, a estrada era "supimpa" um tapete só, e de fato pouco utilizada, o que ele não me avisou é que havia um longo trecho literalmente desabitado sem qualquer posto de combustível à vista do viajante.
Pois bem minha família e eu pudemos comprovar isto de uma maneira não muito agradável. Enquanto passávamos em meio à cidade de Porangatú no estado de Goiás, minha esposa perguntou: Amor como estamos de combustível? Diante da pergunta dela eu com meu método de economia à moda goiana havia notado o preço um tanto quanto elevado do produto nas bombas de dois postos, resolvi arriscar e viajar com menos da metade do tanque. Respondi: Fique tranquila amor, o combustível dá para chegar. Minha esposa insistiu: Não é melhor abastecermos? Respondi novamente: Fique tranquila amor. Parei o carro ao sair da cidade, e perguntei ao pedestre que chegava: Sabe me dizer se estamos na estrada certa para São Miguel, e se encontro posto de combustível em algum vilarejo perto? A resposta foi tranquilizadora: O Senhor está na estrada certa sim, e tem posto logo ali.
Eu, cheio de razão, olhei para minha esposa e minha filha e disse vamos pra estrada! Aproveitamos a paisagem, ora fazenda de gado de um lado, ora do outro... vez ou outra um carro, outras, carretas transportando bois de raça nobre e bem gordos. E seguíamos confiantes, e nada de posto, nada de vilarejo, até que... Papagaios o marcador está na reserva! E fomos nesta adrenalina até que acabou-se o tal do combustível. Um sol das quinze horas quente, muito quente, e nada de passar carro.
Até que um dado momento avistamos um carro que se aproximava, pedimos socorro, o motorista parou identificou minha necessidade e perguntou: Você tem uma mangueirinha ai? Lembrei-me de que não tinha, uma vez que meu carro era bem novo, não pensei neste detalhe. E o moço simples me disse que aguardasse outro socorro já que seu carro estava cheio, eu imprudente nem mangueira tinha e o vilarejo mais próximo distava em torno de vinte quilômetros.
Por volta das dezessete horas passou o segundo carro, conseguimos carona para minha esposa e filha que ao chegarem ao vilarejo próximo, providenciaram um motoboy para me socorrer. Neste vai e vem nos encontramos novamente às dezenove horas daquele dia. Resultado: Minha economia foi pro espaço, gastei bem mais por cinco litros de combustível a abastecer quando minha esposa sugeriu. Depois desta, minha família sempre alerta e eu obediente ao conselho, paro e abasteço lembrando do logo alí. Amigo siga meu conselho, ouça as mulheres, elas quase sempre têm razão!

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