Faço parte de uma estatística do povo brasileiro, sou um cidadão considerado classe média por ganhar (quando empregado) pouco mais que um salário mínimo ter casa e carro próprio e como tal, moro em uma vila de um bairro da cidade. Diante disto observo o comportamento de boa parte dos funcionários e/ou proprietários de mercearias e supermercados, casas de carnes, cobradores de ônibus, entre outros. Engraçado perceber a esperteza quando oportunamente o consumidor compra alguns itens e quando vem o troco, quase sempre faltam algumas moedas, as mais corriqueiras são de R$ 0,01, R$ 0,05 ou ainda R$ 0,10. Isto posto, o caro leitor pode fazer aquela pergunta retórica: Que diferença faz R$ 0,01, R$ 0,05 ou R$ 0,10? Defendo que faz uma grande diferença quando pensado na coletividade. Imagine um consumidor fazendo uma compra por dia, deixando R$ 0,10 centavos durante trinta dias somam R$ 3,00, agora pense em um estabelecimento mesmo que pequeno na vila de sua casa, recebendo aleatoriamente cinquenta clientes de um total maior atendidos durante o dia, o caixa por sua vez acumula R$ 5,00 de extras durante o dia, e por aí vai.
Uma prática frequente dos comerciantes, é deixar um potinho de balas ao lado do caixa, e sempre que necessitam dar troco em moedas, oferecem balas como troco, e neste ato desinteressado ao final do dia, acumula-se muito mais de sobra de caixa. E o mais curioso é que o contrário não é verdadeiro. Faço novamente uma pergunta retórica: Você já tentou pagar uma passagem de ônibus, ou comprar algo pagando com balas? Quero dizer que eu já fiz isto e não fui compreendido, levaram-me na brincadeira. Posso perceber seu sorriso... você deve ter pensado, este cara está de brincadeira... rsrs
Outra façanha de boa parte dos comerciantes é registrar preço das mercadorias com o famoso R$ 0,99. Sinceramente, por que será que os caras não arredondam o preço? Já que existe intrínseca uma intensão de não dar o troco correto. Outra situação comum se aplica aos itens com preços sugeridos, outro dia percebi ao comprar um refrigerante retornável de uma marca famosa, em que o preço sugerido na tampinha era R$ 1,25 e o esperto comerciante me cobrou R$ 1,50 sob a alegação de que preço sugerido não é obrigatório, diante da ação encorajado, propus: Então isto quer dizer que posso levar o refrigerante por R$ 1,00? E o comerciante com sorriso amarelo me disse, bem assim você me leva a falência. Agora imagine quanto o cara não ganha com isto? Troco de balas? comigo não tio! rsrs
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