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sábado, 17 de agosto de 2013

Meu irmão veio jantar de pantufas!

Certo dia ao final de uma das atividades na Igreja da qual sou membro, três casais de amados irmãos combinavam de ir fazer uma boquinha em algum lugar. No debate das idéias chegaram ao consenso de preparar algo na casa de um dos casais, concomitante um outro casal que tanto amamos, no caso o Pastor e sua esposa, chegaram em nossa casa. Enquanto trocávamos algumas idéias antes do jantar, vim a saber da arrumação em duas casas. Decidimos juntar a turma toda aqui em casa. Minha esposa como sempre virtuosa cuidando de preparar algo saboroso, aquele cheiro delicioso bem ao lado da sala, e de repente chegaram os três casais de amados irmãos com refrigerantes e uma panela de peito de frango ainda por fazer. Pronto deu liga! Um bom macarrão, arroz, feijão e frango frito na margarina, e como sobremesa aquele pudim, hum... que delícia! Estava muito muito bom mesmo.
Conversamos altas horas divertidas, trocamos brincadeiras e aproveitamos para destacar a simpatia de um de nossos irmãos que veio de sua casa usando as tão queridas pantufas, já um tanto usadas, mas agradáveis. Afinal casa de irmãos é assim mesmo, nos sentimos à vontade e confortáveis, até mesmo de visitar alguém usando pantufas. (risos)
Deus é a razão de desfrutarmos destes momentos. Tão grande é o seu amor por nós.

terça-feira, 13 de agosto de 2013

As melancias na roça

Recentemente ao abrir uma das gavetas de minha memória de infância, remeti-me ao passado lá na roça, é verdade que não fui criado nela mas sempre que podia nas férias passava alguns dias na roça de um primo de minha mãe. Sempre que ia na roça na década de setenta me sentia como uma criança nos shopping-centers da atualidade. Certa vez ao iniciar minhas férias da escola fui convidado e mais que depressa tratei de aceitar, principalmente ao saber que as melancias estavam quase prontas a colher.
Éramos uns quatro meninos de idades parecidas, passávamos as tardes em aventura cortando canas, tomando banho nos riachos, colhendo frutas nativas, catando macaúbas, campeando o gado, colhendo milho verde e as melancias, ah as melancias que saborosas! Fomos à roça numa destas tardes e descobrimos uma plantação de melancias, melhor dizendo descobri considerando que os meninos moravam lá e apenas eu era o visitante. O sabor das melancias colhidas e partidas aliado ao medo de sermos descobertos na hora é indescritível, haja adrenalina! É claro que ao chegarmos em casa contamos as aventuras para minha tia que tratou de nos dar uma bronca e ainda nos fez medo ao ameaçar contar para seu esposo, certamente o dono da plantação, senão o vizinho do dono. Saudades do tempo de criança, época em que não nos damos conta das contas. (rs)

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Um tal José que não tinha nome

Certo rapaz metido a galanteador, cheio de si famoso pelo bom papo, conquistava as moças que queria nas festanças do sertão ao som das radiolas movidas a pilha, quando não tinha sanfona instrumento que bem tocado afinado chamava à atenção. Não era muito dado ao trabalho mas a necessidade lhe fazia pegar as empreitadas de roçados nas roças e pastos da redondeza, ganhava pouco porque lhe pagavam pouco, era justo porque pouco trabalhava. Mas o tal José tinha bom papo até entre os peões, se fazia de gato de contratos, sabia de tudo fazia nada. Posava de disposto sempre que chegava o patrão lhe cobrando resultado. O tal José era bom de garfo, na hora do rango atraia as atenções com seus contos falava aos cotovelos. Moço vistoso quando podia andava cheiroso às custas de qualquer desodorante barato daqueles da época que comprava nos botecos. Pé de valsa, dançava até tarde até que a pilha dava até que tinha pinga, bebia mas não caia ficava bêbado não, era cabra esperto fugia do rebú, quando via a confusão pegava sua binga riscava vez em quando pra alumiá o caminho de volta pra casa aos braços da patroa. José dormia de noite dormia inté de dia contava suas vantagens a quem lhe perguntava o nome o moço dizia, tenho nome não sou apenas José, mas pode me chamar José pé-de-valsa, José bom-de-conversa, José do sertão.

terça-feira, 6 de agosto de 2013

O homem dos sertões e a descoberta de uma amizade verdadeira

Certo homem vivia nos sertões, afastado da família, longe de tudo e de todos resolveu passar parte de sua vida lidando com a terra que conseguira comprar a muito custo. Seu jeito simples e suas ferramentas rudimentares, produzia quase tudo o necessário para o sustento, à moda antiga desconfiava de qualquer coisa, seus melhores amigos eram os animais que criava, a quem cuidadosamente dava apelidos. Seu cãozinho sempre atento a qualquer barulho o protegia nas noites de sono, suas vaquinhas eram tão mansas que não precisavam ser presas para a ordenha, seu burro de carga de tanto acostumado ao ir e vir da lavoura sabia o caminho melhor que ninguém. E assim aquele homem seguia sua vida simples, já aposentado ia à cidade mais próxima uma vez ao mês receber seu pequeno salário. Algo o diferenciava de tantos outros homens, não confiava nas pessoas, certamente tinha um motivo. Certo dia de suas andanças ao voltar para casa sentiu-se indisposto lembrou-se de que não tinha amigos além dos animais, resolveu que na próxima vez que encontrasse alguém faria amizade, pois tal lhe seria necessário dado o avanço contínuo da idade. Diante de sua pequena posse de terra e vários animais seletos no pasto tinha medo de fazer amizades pois julgava aproximações interesseiras, em todo caso pensava consigo que cedo ou tarde surgiria alguém em quem depositasse confiança. O tempo foi passando, a idade chegando, sua disposição diminuindo e continuava desconfiado. Noutro dia de suas andanças ao voltar da pequena cidade para casa ouviu alguém cantar que Jesus era o melhor amigo, curioso foi se achegando e descobriu na bela voz um jovem, um jovem a quem Jesus amava e que amava a Jesus. O velho homem arredio quis saber mais sobre a amizade e aos poucos foi se aproximando do jovem cada vez que ia à cidade, até que um dia aceitou a amizade do jovem que lhe apresentou a Jesus como prova de lealdade. Tudo mudou na vida daquele velho homem desconfiado, arredio a partir daquele dia passou a confiar na existência de uma verdadeira amizade e provou do amor de Jesus em sua vida.