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sábado, 20 de abril de 2013

Troco de balas? Não, obrigado.

Faço parte de uma estatística do povo brasileiro, sou um cidadão considerado classe média por ganhar (quando empregado) pouco mais que um salário mínimo ter casa e carro próprio e como tal, moro em uma vila de um bairro da cidade. Diante disto observo o comportamento de boa parte dos funcionários e/ou proprietários de mercearias e supermercados, casas de carnes, cobradores de ônibus, entre outros. Engraçado perceber a esperteza quando oportunamente o consumidor compra alguns itens e quando vem o troco, quase sempre faltam algumas moedas, as mais corriqueiras são de R$ 0,01, R$ 0,05 ou ainda R$ 0,10. Isto posto, o caro leitor pode fazer aquela pergunta retórica: Que diferença faz R$ 0,01, R$ 0,05 ou R$ 0,10? Defendo que faz uma grande diferença quando pensado na coletividade. Imagine um consumidor fazendo uma compra por dia, deixando R$ 0,10 centavos durante trinta dias somam R$ 3,00, agora pense em um estabelecimento mesmo que pequeno na vila de sua casa, recebendo aleatoriamente cinquenta clientes de um total maior atendidos durante o dia, o caixa por sua vez acumula R$ 5,00 de extras durante o dia, e por aí vai.
Uma prática frequente dos comerciantes, é deixar um potinho de balas ao lado do caixa, e sempre que necessitam dar troco em moedas, oferecem balas como troco, e neste ato desinteressado ao final do dia, acumula-se muito mais de sobra de caixa. E o mais curioso é que o contrário não é verdadeiro. Faço novamente uma pergunta retórica: Você já tentou pagar uma passagem de ônibus, ou comprar algo pagando com balas? Quero dizer que eu já fiz isto e não fui compreendido, levaram-me na brincadeira. Posso perceber seu sorriso... você deve ter pensado, este cara está de brincadeira... rsrs
Outra façanha de boa parte dos comerciantes é registrar preço das mercadorias com o famoso R$ 0,99. Sinceramente, por que será que os caras não arredondam o preço? Já que existe intrínseca uma intensão de não dar o troco correto. Outra situação comum se aplica aos itens com preços sugeridos, outro dia percebi ao comprar um refrigerante retornável de uma marca famosa, em que o preço sugerido na tampinha era R$ 1,25 e o esperto comerciante me cobrou R$ 1,50 sob a alegação de que preço sugerido não é obrigatório, diante da ação encorajado, propus: Então isto quer dizer que posso levar o refrigerante por R$ 1,00? E o comerciante com sorriso amarelo me disse, bem assim você me leva a falência. Agora imagine quanto o cara não ganha com isto? Troco de balas? comigo não tio! rsrs

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Amor, a gasolina acabou!

É bem provável que o(a) leitor(a) tenha passado por uma situação destas, ou pelo menos conheça alguém auto-confiante o bastante e que tenha protagonizado tal façanha. Voltávamos de uma de nossas viagens ao interior do estado do Tocantins, e para desviar do um longo trecho de rodovia federal decadente, o esperto motorista que vos escreve, no caso eu mesmo (rsrs) resolveu seguir o conselho de um caminhoneiro em alterar o curso de Porangatú a Goiânia via São Miguel do Araguaia, percorrendo algumas dezenas de quilômetros a mais que no percurso normal e mais provável via BR-153. Esta mudança proporcionou conforto de uma boa rodovia estadual pouco utilizada. É claro que o caminhoneiro tinha razão, a estrada era "supimpa" um tapete só, e de fato pouco utilizada, o que ele não me avisou é que havia um longo trecho literalmente desabitado sem qualquer posto de combustível à vista do viajante.
Pois bem minha família e eu pudemos comprovar isto de uma maneira não muito agradável. Enquanto passávamos em meio à cidade de Porangatú no estado de Goiás, minha esposa perguntou: Amor como estamos de combustível? Diante da pergunta dela eu com meu método de economia à moda goiana havia notado o preço um tanto quanto elevado do produto nas bombas de dois postos, resolvi arriscar e viajar com menos da metade do tanque. Respondi: Fique tranquila amor, o combustível dá para chegar. Minha esposa insistiu: Não é melhor abastecermos? Respondi novamente: Fique tranquila amor. Parei o carro ao sair da cidade, e perguntei ao pedestre que chegava: Sabe me dizer se estamos na estrada certa para São Miguel, e se encontro posto de combustível em algum vilarejo perto? A resposta foi tranquilizadora: O Senhor está na estrada certa sim, e tem posto logo ali.
Eu, cheio de razão, olhei para minha esposa e minha filha e disse vamos pra estrada! Aproveitamos a paisagem, ora fazenda de gado de um lado, ora do outro... vez ou outra um carro, outras, carretas transportando bois de raça nobre e bem gordos. E seguíamos confiantes, e nada de posto, nada de vilarejo, até que... Papagaios o marcador está na reserva! E fomos nesta adrenalina até que acabou-se o tal do combustível. Um sol das quinze horas quente, muito quente, e nada de passar carro.
Até que um dado momento avistamos um carro que se aproximava, pedimos socorro, o motorista parou identificou minha necessidade e perguntou: Você tem uma mangueirinha ai? Lembrei-me de que não tinha, uma vez que meu carro era bem novo, não pensei neste detalhe. E o moço simples me disse que aguardasse outro socorro já que seu carro estava cheio, eu imprudente nem mangueira tinha e o vilarejo mais próximo distava em torno de vinte quilômetros.
Por volta das dezessete horas passou o segundo carro, conseguimos carona para minha esposa e filha que ao chegarem ao vilarejo próximo, providenciaram um motoboy para me socorrer. Neste vai e vem nos encontramos novamente às dezenove horas daquele dia. Resultado: Minha economia foi pro espaço, gastei bem mais por cinco litros de combustível a abastecer quando minha esposa sugeriu. Depois desta, minha família sempre alerta e eu obediente ao conselho, paro e abasteço lembrando do logo alí. Amigo siga meu conselho, ouça as mulheres, elas quase sempre têm razão!

domingo, 7 de abril de 2013

Cheiro forte na cozinha!

Sou goiano, e como todo bom goiano gosto de algumas coisas típicas da minha região, e no tangente a culinária me ocorreu recordar um fato. Ano passado em uma de suas visitas, minha mãe trouxe na bagagem parte do meu pedido considerando o tempo que não visito meu estado de origem, mãe que é mãe sempre faz um sacrifício pelos filhos (dito popular), depois do abraço no reencontro cobrei: cadê meu doce de buriti, a carne de sol, a farinha de mandioca branca, a manteiga de garrafa e cadê o meu pequi? Ah que saudades!
Minha esposa e meus filhos curiosos com as encomendas, até que gostaram de quase todas, mas o tal do pequi foi uma comédia. Certo dia daquele ano, minha esposa e eu chegamos de um atendimento a cliente, aquele cheiro gostoso de pequi na panela, abracei minha mãe e dando falta, resolvi perguntar: cadê as crianças foram dar uma volta? ao que minha mãe respondeu: estão no quarto brincando. As crianças estavam no quarto, é verdade, e quando me viram perguntaram depressa: Papai que cheiro é este na cozinha? A vovó parece estar fazendo algo estranho! Respondi prontamente: É pequi. Minha família abençoada por Deus me intimou mais que depressa: Precisamos conversar! Foram unânimes expressando amor por minha mãe, reafirmaram portas abertas a ela, mas o pequi... bem a este me sugeriram que comesse logo e fizesse uma boa escovação aos dentes. Sempre que lembramos, damos boas rizadas.