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terça-feira, 12 de março de 2013

Dito popular: cavalo dado não se olha os dentes

Existem alguns ditos populares que se observados "ao pé da letra" tem uma certa lógica outros não tanto, pensando nisto vou me ater a um bem conhecido "cavalo dado não se olha os dentes". Ao pesquisar no nosso bom e velho "doutor google" percebi várias idéias em torno desta frase, e em sua maioria nos indicam o exercício do bom senso.
Resolvi então debruçar-me em pesquisa e notei citações a respeito de uma obra de nome "O Bode Expiatório" de autoria do Professor Ari Riboldi, dá-nos uma ideia de que tal dito tem origem nos negócios de venda de cavalos, onde o vendedor no exercício de sua astúcia tenta fazer o animal passar por mais novo, na tentativa de obter lucro razoável.
É claro que numa pesquisa amiúde é perceptível a quem conhece do ofício de compra e venda de equinos, a quase inexistência da possibilidade de omitir a verdade, mas... considerando o bom senso, sendo o tal cavalo dado, ao felizardo ganhador cabe agradecer, pelo menos é isto que tenho ouvido desde criança nas rodas de conversas dos mais velhos.
Na prática do nosso dia-a-dia, percebemos algumas "mutretas" malandragens ligadas indiretamente a tal esperteza, principalmente no comércio de compra e venda, quem é mais experiente dá uma ajeitadinha e passa o abacaxi para a frente, como é o caso de veículos de passageiro (carros e motos) ou veículos de carga em sua maioria é o que acontece, o bom e velho "banho de loja" e depois da brevidade da garantia, se é que ela existe, estoura a bomba, papagaios!
Isto posto, me ocorreu lembrar de um episódio onde eu fui o presenteado, certa vez em que resolvi me casar com minha atual esposa e eterna namorada, querendo fugir de alguns amigos com perfil de pretensos "língua solta" curiosos de plantão da cidade, planejamos nosso casamento no sítio, o que incorreu em outro dito popular "matar dois coelhos com uma cajadada" no meu caso foram vários mesmo (rsrs).
Casando no sítio fugi dos amigos inoportunos que certamente iriam me dar um presente qualquer e posteriormente me visitariam cobrando a prenda, é claro que esta regra não se aplica a todos, sempre temos verdadeiros amigos; agradaria a meu sogro que impossibilitado de caminhar dado a seu estado de invalidez não faria uma viagem longa; não gastaríamos uma grana maior do que minha condição para agradar aos curiosos de plantão.
Ao falar de meu plano para um colega de trabalho que queria se promover a meu amigo, a quem vou preservar nome e profissão, chamando-o apenas de José, o cara se prontificou em me emprestar um carro bem maior que o meu para carregar as traias do casamento. O cara me emprestou um carro antigo que certamente não era revisado com frequência, com uma mecânica estranha, considerando que a cada vez que parava no posto para abastecer me obrigava a completar no mínimo um litro de óleo ao motor.
Resultado, viajei mil e quinhentos quilômetros, a festa de casamento foi inesquecível "boa pra lá de metro" e ao devolver o carro emprestado levei-o na oficina para corrigir um pequeno problema de freios, caiu-me a ficha de que tal façanha me custou os olhos da cara! Antes tivesse fretado uma van, teria ficado mais barato, mais seguro e menos cansativo.
Como diria um velho amigo "oh mundão sem porteira!".
A este cavalo, deveria euzinho aqui ter olhado melhor os dentes. (rsrs)

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